Marcelo pede transparência sobre quem são os donos dos media

O Presidente da República argumentou que um dos problemas que o setor enfrenta tem que ver com a transparência para perceber quem responde pelos meios de comunicação.

O Presidente da República defendeu esta quinta-feira, na abertura do Congresso dos Jornalistas, que é preciso garantir que há transparência sobre quem são os grupos que controlam os media e quais os interesses que os move.

Marcelo Rebelo de Sousa argumentou que a situação do setor dos media é muito crítica e é altura para estudar soluções, lembrando que sem jornalistas não há jornalismo. “Tudo isto torna inevitável que haja transparência no saber quem lidera o quê na comunicação social, com que projetos editoriais, com que modelos, com que perfis e viabilidade de dar vida ao setor“, defendeu.

Em segundo, Marcelo apelou a que os proprietários e gestores dos meios, todos eles, estejam em constante interação e mantenham uma plataforma de diálogo com os jornalistas.

Em terceiro, o Presidente da República defendeu que o Estado não se alheie de um debate essencial. Desde logo porque “há meios públicos históricos e muito importantes” e, depois, porque “só numa base de entendimento amplo de forças e hemisférios doutrinais, ideológicos e políticos diferentes, é possível abordar esta temática de regime”

Marcelo Rebelo de Sousa realçou, assim, que só “com transparência e com critérios gerais e abstratos, sempre que possível, olhando do lado de espetadores, ouvintes e leitores” e com planos de literacia focados nos jovens, na cobertura de públicos diferenciados ou “na garantia do papel dos meios públicos de comunicação social” é possível abordar o problema dos media.

Apesar de reconhecer a gravidade da situação que o setor enfrenta, Marcelo defendeu que “este tempo que se vive pode ser virtuoso, pode permitir debater pistas, propostas, projetos, horizontes” para o futuro da comunicação social. Desde logo, pode permitir “pistas e horizontes, uns de emergência, para amanhã. Outros de pelo menos médio prazo”, lembrando que “os jornalistas não desistem, não renunciam”. “Ninguém arreda pé, como nos ajuntamentos estudantis de outros tempos“.

Em relação àquilo que podem ser as soluções para criar um jornalismo independente financeiramente, Marcelo deixou algumas propostas, como apostar na inovação tecnológica, ou procurar públicos excluídos.

“É tempo para, da vossa barricada, saber o que é verdadeiramente essencial para dar mais força ao jornalismo, à liberdade e à democracia, neste ano eleitoral e além dele”, apelou Marcelo no seu discurso no Congresso dos Jornalistas.

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