ETF de bitcoin da BlackRock aprovado pelo regulador atinge mil milhões em quatro dias

O regulador norte-americano aprovou, na semana passada, a negociação de 11 ETF de bitcoin, abrindo o investimento a investidores mais tradicionais.

Em apenas quatro dias de negociação, o ETF (Exchanged-Traded Fund) de bitcoin da BlackRock, aprovado juntamente com outros 10 fundos pelo regulador do mercado nos Estados Unidos na semana passada, atingiu um investimento de mil milhões de dólares, segundo dados do JPMorgan.

A Securities and Exchange Commission (SEC) aprovou, a 10 de janeiro, numa decisão histórica, a negociação de 11 ETF de bitcoin. Os ETF são fundos negociados em bolsa com exposição ao desempenho de ativos como ações, matérias-primas ou obrigações, e agora, nos EUA, de bitcoin. Esta decisão coloca um ponto final numa contenda que durava há sete anos, com a SEC a recusar sistematicamente dar luz verde a estes produtos.

A BlackRock foi uma das gestoras que viu o seu ETF aprovado pelo regulador, naquele que é apontado pelos investidores do setor como um ponto de viragem para os criptoativos, colocando a bitcoin entre os chamados ativos tradicionais, acessíveis a todos os investidores.

Segundo dados divulgados pelo JPMorgan e citados pela agência Reuters, a BlackRock, a maior gestora do mundo, e a Fidelity lideram as subscrições nestes ETF. O BlackRock’s iShares Bitcoin ETF atingiu, no dia 17 de janeiro, 1,07 mil milhões de dólares de investimento, enquanto o fundo da Fidelity (Fidelity Wise Origin Bitcoin ETF) captou 874,6 milhões no mesmo período.

Os outros nove ETF de bitcoin lançados na mesma altura receberam 2,9 mil milhões de dólares, nas primeiras quatro sessões de negociação. Estes números mostram que os investidores estão a investir, mas dando preferência às maiores gestoras de ativos.

Numa primeira reação ao ECO sobre o aval da SEC aos ETF de bitcoin, Diogo Mónica realçou que “há uma validação brutal do mercado de criptoativos”, mostrando “muito feliz” com uma decisão que diz ser tardia, após “uma luta de sete anos”. Para o presidente e co-fundador do Anchorage Digital, esta aprovação “marca o fim das criptomoedas como uma classe de ativos emergentes”, trazendo estes ativos para os portefólios tradicionais e abrindo a porta ao investimento de milhões de milhões.

O facto de passarem a ser transacionados no mercado regulado e de estarem disponíveis nas principais corretoras “vai aumentar a acessibilidade de forma brutal. Vai passar a ser um ativo tradicional”, justifica. “É um novo mercado dentro dos mercados tradicionais”, rematou.

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