Abanca mais que triplica lucros para 711 milhões de euros

O banco espanhol, que está à espera da autorização do Banco de Portugal para concluir a aquisição do Eurobic, fechou o último ano com lucros de 711 milhões de euros.

O espanhol Abanca, que está a concluir a aquisição do Eurobic, mais que triplicou os resultados em 2023, tendo alcançado um resultado líquido de 711 milhões de euros, com uma rentabilidade de 16%, adiantou o banco em conferência de imprensa.

O banco espanhol justifica os fortes resultados com o dinamismo do negócio de retalho e um sólido perfil financeiro, que permitiram à entidade superar os seus objetivos estratégicos em rentabilidade recorrente, nível de capitalização, volume de negócios e qualidade de risco.

Em termos de rácios de capital, a entidade fechou 2023 com um rácio de capital total de 16,9%, com um excesso de 1.499 milhões de euros em relação aos requisitos regulamentares, e um rácio de retail LTD de 84,9%.

Fonte: Abanca

Já a taxa de incumprimento do banco situou-se em 2,4%, com uma cobertura de ativos duvidosos de 73,9%, com o líder da instituição, Juan Carlos Escotet, a adiantar que não prevê um aumento do nível de malparado.

O crédito às famílias e empresas aumentou 14% em Espanha e 15,3% em Portugal, somando quase 9.700 milhões de financiamentos concedidos. A instituição financiou o crédito à habitação de 10 mil famílias e atribuiu financiamento a 23 mil pequenas e médias empresas e trabalhadores independentes.

Escotet foi destacando na conferência de imprensa de apresentação de resultados, em diversas ocasiões, a importância da aquisição do português Eurobic, em 2023, uma operação que vai permitir ao Abanca passar a ser o sétimo maior banco em Portugal e Espanha.

O líder do banco galego reiterou a aposta bem-sucedida na política de aquisições, referindo que também em 2023, foi concluída a operação de compra do Targobank, cuja integração tecnológica terminará em junho de 2024. Quanto à integração do Eurobic, Escotet atira para 2025, prevendo receber as autorizações necessárias para fechar a aquisição em meados deste ano.

A estratégia de aquisições permitiu ao Abanca uma melhoria da rentabilidade recorrente de 15 pontos percentuais | Fonte: Abanca

“A bem-sucedida política de integração seguida pela entidade nos últimos anos tem sido um diferencial no setor e tem levado a entidade a aumentar a sua capacidade de geração de benefícios recorrentes”, refere o Abanca em comunicado.

Segundo o mesmo documento, “esta estratégia permitiu também criar uma plataforma operacional sólida para desenvolver um ambicioso programa de crescimento orgânico, que, em 2023, adicionou mais de 130.000 novos clientes, 62% destes em áreas de expansão geográfica”, acrescentando que em Portugal o Abanca registou um crescimento de clientes de 84%.

O Abanca fechou o ano com uma carteira de crédito estimada de 45.190 milhões de euros, depois de crescer 0,4% no ano. Os principais componentes desta carteira são as empresas e as famílias, que, com 42% e 41% respetivamente, representam 83% no total.

As novas formalizações de crédito a particulares e empresas aumentaram 14% em termos homólogos em Espanha e 15,3% em Portugal.

Já os recursos totais de clientes aumentaram em 6.262 milhões de euros (10,2%), para se situarem em 67.526 milhões de euros. A estrutura de recursos de clientes apresenta 79% em depósitos à ordem e a prazo, e 21% em recursos fora de balanço, adianta o banco.

Os depósitos a prazo e produtos fora de balanço cresceram 6.520 milhões de euros durante o ano. Os depósitos no retalho aumentaram 9,5%, para 53.569 milhões de euros, o que se traduziu em aumentos de quota de mercado de 17 pontos base em Espanha e 15 em Portugal.

Segundo o Abanca, as famílias e as empresas representam 93% dos depósitos do Banco, com um elevado grau de granularidade (71% abaixo de 100 mil euros).

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