📹 “Programas dos partidos são pouco dirigidos às empresas”, critica CEO da Altice Portugal

A líder da Altice Portugal revelou que a empresa já teve reuniões com a nova presidente da Anacom e que existem "boas perspetivas" para construir soluções em conjunto.

Os programas dos partidos para as eleições legislativas de 10 de março “estão pouco dirigidos às empresas”, criticou a CEO da Altice Portugal, alertando que o país precisa de uma política económica simples e consistente, evitando “ziguezagues“.

Com a ressalva de que ainda é cedo na pré-campanha e que o PS só vai apresentar o programa eleitoral este domingo, Ana Figueiredo aceitou, em declarações à margem da 6.ª edição da Fábrica 2030, uma conferência organizada pelo ECO na Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota no Porto, partilhar a visão que tem sobre os programas e temas que vêm sido abordados no debate público.

“Estão pouco dirigidos, de uma maneira geral, daquilo que vejo na discussão pública, ao tema de como é que vamos criar um país mais competitivo, como é que vamos poder atrair o maior investimento para a nossa economia“, referiu a CEO.

Ana Figueiredo acrescentou que esses programas são também pouco direcionados para a competitividade das empresas, nomeadamente no âmbito da economia digital.

Não somos consistentes e o que é importante agora é definir uma política económica simples, sermos consistentes com essas políticas económicas e essas políticas orçamentais e não estarmos em ziguezagues”, explicou.

Sim, já tivemos reuniões [com a nova presidente da Anacom] e, portanto existem boas perspetivas para que haja um diálogo entre as partes em que possamos construir soluções em conjunto, porque eu acho que isso é que é o mais importante para o país

Ana Figueiredo

CEO da Altice Portugal

No painel da Fábrica 20230 em que participou com outros CEO, a líder da Altice defendeu que é necessário promover uma política de estabilidade regulatória que permita às empresas apostar na sua competitividade.

Destacou ainda a necessidade de ter uma regulação que se ajuste àquilo que “são as necessidades de uma economia global”, sublinhando que na Europa, incluindo em Portugal, existe “uma malha regulatória tão apertada” que não dá às empresas “capacidade para inovar”.

Questionada se prevê uma mudança no tratamento desses temas com a nomeação de Sandra Maximiano para a presidência da Anacom para suceder a João Cadete de Matos, cujos mandatos foram marcados por divergências com as principais operadoras de telecomunicação, a CEO da Altice Portugal mostrou-se otimista.

“Temos esperança de que haja uma maior capacidade de diálogo, maior capacidade de encontrarmos soluções para os problemas que temos e soluções em conjunto. Ouvindo todas as partes, isso é muito importante, porque o regulador serve para regular toda uma indústria”, explicou.

Esse diálogo com a nova líder do regulador já começou, adiantou. “Sim, já tivemos reuniões e, portanto, existem boas perspetivas para que haja um diálogo entre as partes em que possamos construir soluções em conjunto, porque eu acho que isso é que é o mais importante para o país”, adiantou.

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