Costa afasta envio de militares para a Ucrânia

  • ECO e Lusa
  • 26 Fevereiro 2024

Costa garante que nem a NATO nem a UE ponderam enviar militares para a Ucrânia. Primeiro-ministro da Eslováquia tinha avançado com esse cenário.

O primeiro-ministro António Costa negou o cenário de que a NATO ou a União Europeia se encontrem a ponderar, numa base bilateral, o envio de militares para a Ucrânia.

Não há nenhum cenário em que essa situação se tenha colocado e nem vejo qualquer país da NATO a fazê-lo” sendo que estas “são decisões que a serem tomadas, terão de ser tomadas coletivamente porque numa aliança de defesa coletiva a geração de riscos é também do interesse comum de todos. Mas não foi tema”, disse António Costa.

As declarações do primeiro-ministro português foram feitas em resposta ao primeiro ministro da Eslováquia, Robert Fico, que disse que esse era um cenário que estava a ser considerado por alguns Estados-membros da NATO e da União Europeia, sem, contudo, avançar quais são os países a defender esta solução.

Para assinalar o reforço do apoio à Ucrânia, o presidente francês Emmanuel Macron reuniu, no Palácio do Eliseu, 21 chefes de Governo ou de Estado e seis outros ministros, quando se assinalam dois anos da invasão russa.

O primeiro-ministro comparou ainda a invasão russa da Ucrânia à ocupação de Timor-Leste pela Indonésia, afirmando esperar que o direito internacional “prevaleça” em território ucraniano.

“Nós portugueses temos, aliás, um bom motivo para compreender a importância de defender, mesmo nas circunstâncias mais difíceis, o primado do direito internacional. Todos nos recordamos que, durante muitos anos, Timor-Leste foi um território ocupado ilegalmente pela Indonésia e houve momentos em que Portugal esteve sozinho na cena internacional a bater-se pela defesa do direito à autodeterminação do povo de Timor-Leste”, mas “quando muitos já acreditavam que não era possível, a verdade é que o direito internacional prevaleceu e essa é de melhor demonstração de que o direito internacional é a grande arma dos pequenos países e dos povos que querem ser livres e viver em paz”, declarou António Costa.

“Defender a preservação e o primeiro direito internacional na Ucrânia é nós estarmos a garantir a nossa própria segurança no futuro”, rematou o Chefe de Governo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Costa afasta envio de militares para a Ucrânia

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião