Livre já admite entendimentos à direita sem Chega

Pela primeira vez, Rui Tavares admite "dialogar" com a "direita democrática", mas afasta qualquer acordo de governação, clarificou mais tarde fonte oficial do partido.

Pela primeira vez, o porta-voz do Livre, Rui Tavares, admite entendimentos à direita, mas sem o Chega. Questionado sobre cenários pós-eleitorais, Tavares afirmou, esta quinta-feira, numa ação de campanha no centro de saúde de Odemira, que “a direita democrática tem de ter com quem dialogar”. Mais tarde, fonte oficial do partido explicou ao ECO que não está em causa qualquer possibilidade de acordo de governação com a direita.

E acrescentou que quando a direita, formada pela Aliança Democrática (AD), coligação que junta PSD, CDS e PPM, e Iniciativa Liberal (IL), clarificar “que não conta com a extrema-direita para nada, é possível fazer muita coisa em conjunto que é necessária para melhorar a nossa democracia”, acrescentou.

“Há caminho a fazer, não é em tudo, não temos a mesma visão sobre o SNS. A direita propõe coisas para o SNS que não é o que a maior parte das pessoas quer, porque têm medo de perder o que lhes tem servido, mas há questões democráticas nas quais podemos dialogar”, referiu.

No esclarecimento enviado ao ECO, a assessoria do Livre explicou que a disponibilidade para o diálogo cinge-se a “temas como revisões constitucionais, que necessitem de consensos alargados, e não para a governação”. Se a direita ganhar, o Livre vinca que “será oposição, dialogando”. “Se a esquerda ganhar, faremos parte da solução”, segundo a mesma fonte oficial.

Mais de 10,8 milhões de portugueses são chamados a votar em 10 de março para eleger 230 deputados à Assembleia da República. A estas eleições concorrem 18 forças políticas, 15 partidos e três coligações.

(Notícia atualizada com os esclarecimentos prestados pelo Livre)

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