“Só grande irresponsabilidade” de Montenegro impedirá direita de governar, diz Ventura

Ventura repete disponibilidade para se aliar ao centro-direita para formar um Governo “para quatro anos”. Se não o conseguir, “está escrito nas estrelas” que Chega vencerá as próximas legislativas.

“O Chega e o PSD têm maioria absoluta nestas eleições. Só um ato de grande irresponsabilidade pode afastar uma solução de Governo [à direita]”, disse esta noite André Ventura, antes mesmo de fazer a declaração oficial. Já no palco, repetiu que “só o líder de um partido muito irresponsável [Luís Montenegro] deixará o PS governar quando [tem] na mão formar um Governo de mudança”.

Discursando em Lisboa, o líder do Chega prometeu fazer “todo o esforço possível para ter um Governo alternativo ao PS em Portugal”. “O povo pediu à direita para governar. O nosso mandato é para governamos Portugal nos próximos quatro anos”, acrescentou. Ainda assim, admitiu que “não [o] espantaria” que o PSD recusasse um acordo de governação, cedendo à esquerda.

“Mas está escrito nas estrelas que este foi o último degrau para esta enorme força nacional. Não sei se será daqui a seis meses, daqui a um ano ou daqui a dois anos, mas [o Chega] vai mesmo vencer as eleições legislativas em Portugal”, completou André Ventura, que este domingo superou um milhão de votos e quadruplicado a votação face às eleições de 2022.

Não sei se será daqui a seis meses, daqui a um ano ou daqui a dois anos, mas [o Chega] vai mesmo vencer as eleições legislativas em Portugal.

André Ventura

Presidente do Chega

O líder do Chega aproveitou ainda para apontar baterias a Marcelo Rebelo de Sousa. Esta mensagem “tem de ser ouvida no Palácio de Belém, onde o Presidente da República procurou à última hora condicionar o voto dos portugueses. Quem escolhe o Governo de Portugal são os portugueses, não é mais ninguém”, resumiu, em referência à manchete do Expresso que garantia, citando fonte de Belém, que o Chefe de Estado iria fazer tudo para impedir Ventura de ir para o Executivo.

Os jornalistas, os comentadores e as empresas de sondagens foram outros dos alvos de Ventura, voltando a reclamar que o Chega foi nas últimas semanas “o partido mais perseguido em toda a história da democracia portuguesa”. Lembrou ainda a participação de Cavaco Silva, Durão Barroso ou Assunção Cristas na campanha da AD para concluir que “os portugueses não querem um desfile do passado, mas o futuro – e votaram no único partido que lhes garante esse futuro”.

O líder do terceiro partido mais votado nas legislativas antecipadas falou ainda de um “ajuste de contas com a história por parte de um país silencioso que viu [Portugal] transformar-se na desilusão de abril”. Prometendo “começar já amanhã a libertar Portugal da extrema-esquerda”, que disse ter “[reduzido] à sua insignificância”, Ventura destacou os resultados nos “bastiões comunistas do Sul”, em referência à vitória no Algarve e à eleição em Beja; e o terreno conquistado ao centro-direita no Centro e no Norte do país, particularizando os sete deputados eleitos no círculo do Porto.

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