S&P desdramatiza resultados das eleições: “Riscos políticos permanecem limitados”

Agência de rating considera que ausência de maioria no Parlamento pode atrasar um novo Governo. Mas diz que riscos políticos permanecem limitados. "Portugal manterá prudência orçamental", considera.

A Standard & Poor’s considera que a ausência de uma maioria absoluta poderá atrasar a formação de um novo Governo em Portugal, mas vê “riscos políticos limitados”. “Esperamos que a coligação que surgir mantenha o histórico de prudência orçamental de Portugal”, adianta a agência de rating em comunicado.

“Apesar dos potenciais atrasos na formação de uma coligação governamental, esperamos que o próximo governo dê continuidade à recente política orçamental prudente de Portugal. O Parlamento já aprovou o Orçamento para 2024 e a nossa previsão (0,2% do excedente orçamental do PIB) permanece em linha com a meta do governo”, refere a S&P.

“Um Parlamento fragmentado poderia atrasar a aprovação da legislação, mas a prudência orçamental tem o apoio consensual do PS e da AD. Esperamos, portanto, que Portugal registe ligeiros excedentes orçamentais durante 2025-2027″, frisa.

Por outro lado, também traça um cenário tranquilo em relação ao desembolso dos fundos e implementação dos projetos do PRR: “São fundamentais para as finanças públicas e o crescimento económico de Portugal, deverão continuar no bom caminho”.

“É pouco provável que um novo governo prejudique o desembolso dos restantes 13,7 mil milhões de euros (equivalentes a 5,1% do PIB), o que representa 65% do envelope do total de 22,2 mil milhões de euros (8,3% do PIB), a menos que não consiga implementar os projetos e reformas (conhecidas como milestones) necessários para obter os fundos”, sublinha a S&P, lembrando que a maior parte destes fundos (73%) são subvenções “pelo que o aumento dos investimentos de Portugal terá um impacto mínimo no seu equilíbrio orçamental”.

(Notícia atualizada às 16h40)

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