Calçado junta-se a universidades para criar 34 “equipamentos de ponta” para a indústria

Ilhas de automação, linhas integradas e plataforma digitais são alguns dos equipamentos que estão a ser desenvolvidos para capacitar as fábricas nacionais de calçado para médias e grandes encomendas.

Um consórcio português liderado pela Carité, com a coordenação do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal, está a desenvolver 34 equipamentos de ponta para a indústria. Ilhas de automação, linhas integradas e plataforma digitais são algumas das inovações e que prometem “tornar a indústria portuguesa de calçado a mais qualificada do mundo”.

Com um orçamento de 60 milhões de euros, o projeto FAIST enquadra-se no Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), engloba 45 copromotores, incluindo universidades, empresas e instituições do sistema científico e tecnológico, avança a Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos (APICCAPS).

A diretora do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal e coordenadora do projeto, Florbela Silva, explica que o projeto permite “aumentar o grau de especialização da indústria portuguesa de calçado para novas tipologias de produto” e potenciar “a capacidade de oferta das empresas portuguesas de calçado através do reforço da capacidade de fabricar médias e grandes encomendas, utilizando processos de montagem mais eficientes”.

A coordenadora do projeta nota ainda que “se empresas portuguesas são já reconhecidas pela sua capacidade de inovação, do fabrico de pequenas encomendas de modo eficiente”, importa agora “otimizar processos e melhorar a eficiência, para assegurar novos ganhos de competitividade”.

O setor “apostará na produção de bens de equipamentos e tecnologias avançadas, substituindo importações e criando competências e capacidades locais necessárias à instalação de unidades produtivas com elevados níveis de automação e robótica”.

No âmbito deste consórcio, está igualmente previsto reforçar a cooperação entre universidades, politécnicos, centros de interface tecnológica e empresas, criar novas linhas de produção automáticas e robotizadas, em empresas demonstradoras, que sirvam como locais de teste e experimentação, bem como de capacitação de recursos humanos são igualmente metas a atingir.

Ainda de acordo com Florbela Silva, paralelamente ao desenvolvimento de linhas de produção integradas com elevada automação, o setor investirá também na automação de postos e processos de trabalho chave nas linhas de produção já existentes, através da criação de ilhas de automação”.

No âmbito do PRR, o setor de calçado investirá 140 milhões de euros até final de 2024. Para além do investimento em tecnologia de ponta, está previsto o investimento de 80 milhões de euros na área da bioeconomia. O objetivo, consagrado no Plano Estratégico, passa por transformar Portugal na “a referência internacional no desenvolvimento de soluções sustentáveis.

Este é o momento de preparar uma nova década de crescimento, reforçando competências, acelerando a inserção de novos quadros qualificados nas empresas e aumentar o investimento em desenvolvimento tecnológico, para que possamos apresentar produtos altamente diferenciadores.

Luís Onofre

Presidente da Apiccaps

O setor do calçado sempre assumiu como grande objetivo ser uma grande referência internacional”, recordou o presidente da Apiccaps, Luís Onofre. “Este é o momento de preparar uma nova década de crescimento, reforçando competências, acelerando a inserção de novos quadros qualificados nas empresas e aumentar o investimento em desenvolvimento tecnológico, para que possamos apresentar produtos altamente diferenciadores”, concluiu o líder da associação.

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