Banco Big torna-se no primeiro banco a vender Certificados de Aforro

O IGCP espera que o Banco Big seja o primeiro de outros bancos que possam começar a comercializar Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro, e com isso reduzir os custos com a sua distribuição.

O Banco de Investimento Global (Banco Big) será a primeira instituição financeira a incluir na sua oferta de produtos a comercialização de Certificados de Aforro e de Certificados do Tesouro.

“Este é mais um passo na estratégia de alargamento da rede de colocação dos produtos de aforro do Estado e de melhoria da experiência dos aforristas, que permite subscrever estes produtos de poupança de forma 100% digital”, refere esta quinta-feira a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) em comunicado.

A subscrição destes títulos de dívida do Tesouro, exclusivamente desenhados para o retalho, encontra-se já disponível na plataforma do banco, bastando para o efeito ser cliente do Big.

“Criámos um processo simples, prático e totalmente online e que permite também aos clientes passarem a ter uma visão integrada do seu património financeiro, incluindo os Certificados de Aforro”, refere Mário Bolota, CEO do Banco Big em comunicado.

O IGCP revela também que o acordo celebrado agora com o Banco Big permitirá alargar a base de potenciais investidores além-fronteiras junto de portugueses a residir no estrangeiro. “Esta medida potencia o acesso a estes produtos por novos aforristas, nomeadamente pela diáspora portuguesa”, lê-se no comunicado do IGCP.

A vontade de o Estado alargar o leque de instituições que possam comercializar Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro foi expressa a 2 de junho do ano passado na Portaria que define as condições da mais recente série de Certificados de Aforro (Série F), bastando para o efeito que essas instituições estejam inscritas no Banco de Portugal.

Isso foi também imediatamente confirmado pelo próprio Ministério das Finanças, que vê nesta estratégia de alargamento a possibilidade de aumentar a concorrência e baixar os custos com a distribuição destes produtos de dívida do Estado que, segundo o presidente do IGCP, se repercute num custo entre 0,585% e 0,26%, consoante o montante de subscrição, revelou Miguel Martín no decorrer da sua audição na Comissão de Orçamento e Finanças a 8 de fevereiro de 2023.

Recorde-se que, até hoje, os Certificados de Aforro e dos Certificados do Tesouro só poderiam ser subscritos num dos seis Espaços Cidadão, pela internet através do AforroNet ou através dos CTT, numa das suas agências ou através do homebanking criado para o efeito.

Significa que os CTT detinham praticamente o monopólio da comercialização de Certificados de Aforro e de Certificados do Tesouro que, nos últimos cinco anos até 2022, renderam aos cofres dos Correios mais de 144 milhões de euros.

Em comunicado, o IGCP nota ainda que “o arranque deste novo canal piloto” com o Banco Big “surge na sequência de um projeto desenvolvido com a EsPAP e do visto prévio do Tribunal de Contas sobre este contrato”, sublinhando que “todas as instituições financeiras ou de pagamento inscritas no Banco de Portugal podem juntar-se à rede de distribuição, num modelo de adesão voluntário e aberto”.

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