Rei de Espanha recebe multinacionais (incluindo chinesas)

  • ECO
  • 16 Março 2024

O CEO da Huawei em Espanha foi um dos gestores recebidos pelo Rei, na mesma semana em que a China mantém Portugal na lista de países aos quais é exigido visto de entrada.

Na semana em que Portugal passou a ser um dos poucos países da Europa Ocidental cujos nacionais não beneficiam de isenção de visto para entrar na China, Espanha mantém a sua estratégia de relacionamento com as companhias chinesas. O Rei de Espanha recebeu a associação das multinacionais presentes na economia espanhola e um dos membros da comitiva foi o presidente da Huawei, Eric Li.

O encontro levou ao Palácio da Zarzuela cerca de 60 gestores de multinacionais com investimento e negócios em Espanha e decorreu no âmbito do décimo aniversário da associação. Nem a associação nem a Palácio real fizeram comentários sobre o encontro. Oficialmente, na página da associação, é sublinhado que as multinacionais pretendem contribuir para a estabilidade económica e favorecer o ambiente de atração de investimento estrangeiro.

A presença de Eric Li na comitiva ganha particular relevância esta semana, depois de se saber que Portugal passa a ser um dos poucos países da Europa Ocidental cujos nacionais não beneficiam de isenção de visto para entrar no território da segunda maior economia mundial. Em declarações à agência Lusa, o embaixador português em Pequim, Paulo Nascimento, disse “não entender” o critério que levou as autoridades chinesas a excluir Portugal. Uma explicação possível poderia ser a decisão do Governo português de excluir a Huawei da rede de 5G, num modelo mais agressivo do que o seguido por outros países da União Europeia, mas não há qualquer informação oficial ou oficiosa que permita concluir sobre as razões das autoridades chinesas.

O diplomata português lembrou que a China está no direito de decidir a sua política de vistos de forma autónoma, mas admitiu que vai pedir uma consulta específica sobre esta decisão às autoridades do país. “Não acredito que haja aqui discriminação negativa, no sentido de dizer que a China está a fazer isso para sinalizar alguma coisa a Portugal, não acho que seja esse o caso“, afirmou. “Mas não consigo entender o critério”, disse.

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