Aon juntou todas as seguradoras de crédito de Portugal

Na conferência organizada pela Aon, com o apoio da CESCE Portugal e Cosec, "Credit Solutions Conference 2024" debateu-se as principais dificuldades que as empresas enfrentaram nos próximos anos.

No mesmo ano em que o risco cibernético e os riscos políticos e sociais ganham destaque entre as preocupações dos empresários portugueses, a Aon, em parceria com a seguradora CESCE Portugal e COSEC, organizou o evento ‘Credit Solutions Conference 2024 Portugal’, que se focou no tema “Seguro de Crédito enquanto Instrumento de Gestão de Risco” e teve lugar esta quinta-feira no Altis Belém Hotel, Lisboa.

Carlos Freire, CEO da Aon Portugal, abriu o evento “Credit Solutions Conference 2024 Portugal”.

A sessão ficou a cargo de Carlos Freire, CEO da Aon Portugal e, de seguida, o Keynote Speaker e economista António Nogueira Leite falou sobre os principais desafios estratégicos que se colocam à gestão das empresas internacionalizadas ou às que estejam a caminho de o ser. Entre os principais desafios encontram-se as crescentes tensões geopolíticas, como a crispação das relações bilaterais entre a União Europeia e a Rússia após a invasão da Ucrânia, mas também a incerteza quanto à politica externa dos EUA saída das presidências deste ano. Até agora, as empresas têm tido mais sucesso em manter relações comerciais com parceiros em países geopoliticamente próximos. Também o investimento num negócio sustentável estará entre as principais tendências que as empresas devem ter em consideração e o impacto da inteligência artificial na economia, de acordo com o economista. Ainda que não aponte uma única solução para enfrentar estes desafios, o economista refere um caminho que se pode seguir: focar no que se pode controlar, ser flexível e traçar planos de contingência para enfrentar imprevistos.

A primeira mesa redonda reuniu todas as seguradoras de seguro de crédito a operar em Portugal. Contou com a presença de André Granado, Executive Board Member/Commercial e Marketing Director da COSEC, Rita Lacerda, Diretora Geral / Country Manager da CESCE Portugal, Fernando Branco, Director Large Enterprises Portugal & Brasil da Atradius Crédito y Caución e Cláudia Vasconcelos, Country Manager da COFACE Portugal. Intitulada de ‘ Mercado Segurador em Portugal’ a mesa redonda foi moderada por Diogo Teixeira, Head of Credit Solutions da AON Portugal. Neste painel debateu-se acerca da inovação em curso no setor segurador, nesse sentido mencionou-se que estão a ser alocados recursos para aumentar e exponenciar o uso de subscrições de seguro online, automatizar os processos de subscrição e gestão de riscos, que não só torna o processo mais rápido, mas permite mitigação de erros. André Granado salientou que grande parte das pequenas e médias empresas em Portugal assumem riscos, visto que a contratualização de seguro de crédito por esta fação do mercado é residual.

O evento “Credit Solutions Conference 2024 Portugal”, organizado pela Aon em parceria com a seguradora CESCE Portugal e COSEC, que se focou no tema “Seguro de Crédito como Instrumento de Gestão de Risco”, reuniu clientes e seguradores.

 

De seguida, Paula Menéndez, Head of Political Risk e Structed Credit Solutions da Aon Espanha, Keynote Speaker do evento, abordou o tema ‘Gestão de Risco de Crédito das Instituições Financeiras’. A dirigente falou acerca das principais tendências que afetam, principalmente, os bancos, mas também empresas, como as fintech.

A última mesa redonda contou com a presença de Margarida Caetano, Chief Financial & Corporate Officer da Metalogalva, do Vigent Group, Paulo José, Gestor de Crédito da Galp e Rui Gonçalves, propriétario da Armando Gonçalves & Filhos e foi moderada pela CCO da AON Portugal, Helena Minhava. Intitulado de “Seguro de crédito enquanto instrumento de risco”, os intervenientes do debate partilharam a sua visão sobre as formas que seguro de crédito impacta o negócio. Rui Gonçalves refere que “não concedemos crédito a ninguém que não tenha seguro de crédito”. Apontaram as vantagens do produto, mas referem também que existe um longo caminho pela frente para tornar este produto de seguro mais dinâmico.

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