Dormidas no turismo voltam a crescer em fevereiro após primeira queda desde 2021

O alojamento turístico registou 1,8 milhões de hóspedes e 4,3 milhões de dormidas em fevereiro deste ano. Trata-se de um crescimento homólogo de 7% e 6,4%, respetivamente, segundo a estimativa rápida divulgada esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

As dormidas no setor do turismo voltam, assim, a crescer, após uma ligeira queda registada em janeiro, algo que não acontecia desde o segundo trimestre de 2021.

A suportar a recuperação registada em fevereiro esteve o crescimento das dormidas de não residentes, que subiram 8,1% face a igual mês de 2024, contrariando a trajetória de abrandamento dos últimos três meses e totalizando 2,9 milhões. Já as dormidas de residentes cresceram 3,1% no mesmo período, para 1,4 milhões.

Entre os dez principais mercados emissores em fevereiro, o britânico foi o principal em fevereiro (quota de 17%), tendo registado um crescimento de 9,4%, seguido da Alemanha (peso de 11,4%), que cresceu 8,5%. Já o mercado francês, o quarto maior, destacou-se com um decréscimo de 13,3%.

Dormidas de residentes só não cresceram na Madeira

Todas as regiões registaram crescimentos nas dormidas em fevereiro. Os aumentos mais expressivos verificaram-se no Oeste e Vale do Tejo (+17,2%), na Região Autónoma dos Açores (+14,0%) e na Península de Setúbal (+9,1%). A Grande Lisboa (29%), o Algarve (19,1%) e o Norte (17,6%) concentraram o maior número de dormidas.

As dormidas de residentes apresentaram crescimentos em todas as regiões, com exceção da Região Autónoma da Madeira (-9,8%).

“A ocupação nos estabelecimentos de alojamento turístico diminuiu em fevereiro, para 35,9% e 45,2%, nas taxas líquidas de ocupação cama e ocupação quarto, respetivamente (-0,6 p.p. e -0,7, p.p. respetivamente)”, refere o INE. Segundo o instituto, estes resultados foram influenciados pelo facto de 2024 se tratar de um ano bissexto e, como tal, o mês de fevereiro deste ano ter 29 dias, mais um do que em 2023.