Regulador propõe subida de quase 7% no preço do gás regulado

Este aumento traduz-se em subidas entre os 87 cêntimos e os 1,66 euros para as duas tipologias de clientes domésticos mais comuns.

A fatura do gás deve ficar 6,9% mais cara a partir do próximo mês de outubro, de acordo com a proposta lançada esta quinta-feira pelo regulador da energia.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos afirma que este aumento se traduz em subidas entre os 87 cêntimos e os 1,66 euros, para as duas tipologias de clientes domésticos mais comuns, um casal sem filhos e um casal com dois filhos.

“Este acréscimo no mercado regulado é essencialmente justificado pelo aumento das tarifas de Acesso às Redes no ano gás 2024-2025, devido à diminuição da procura de gás no mercado nacional, o que resulta num aumento unitário dos custos das infraestruturas“, indica o regulador.

As tarifas de acesso às redes, que estão a pesar na fatura, no caso da alta pressão sobem 0,3%, enquanto as de média e baixa pressão sobem 1,5%.

O preço final dos consumidores em mercado liberalizado, que no final de janeiro eram cerca de 1,1 milhões, depende, não apenas das tarifas de acesso às redes, mas também da componente de energia adquirida por cada comercializador nos mercados internacionais”, ressalva o regulador, indicando que os comercializadores do mercado livre não têm, necessariamente, de refletir esta subida na componente das redes nos seus tarifários.

A Galp anunciou recentemente que iria baixar os respetivos preços em abril. A EDP afirma que não irá proceder a alterações, enquanto a Repsol prefere não revelar. As restantes energéticas contactadas pelo ECO/Capital Verde não responderam ao pedido de informação.

Estão sujeitos a estas variações os cerca de 444 mil consumidores que permaneciam, no final de janeiro de 2024, no comercializador de último recurso. Já os consumidores com direito à tarifa social mantêm um desconto de 31,2% sobre as tarifas, tal como já havia sido definido em despacho.

Se esta proposta vingar, os preços de venda a clientes finais do mercado regulado observarão, em cinco anos, uma subida média de 3,3% no preço final, a cada ano.

(Notícia atualizada pela última vez às 21:37)

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