CMVM levanta suspensão das ações da SAD do FC Porto

SAD portista teve de fazer dois esclarecimentos ao mercado para o regulador da bolsa levantar a suspensão da negociação das ações na bolsa.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) levantou a suspensão sobre as ações da SAD do FC Porto, depois de os portistas terem divulgado informação ao mercado relativamente ao acordo sobre o estádio e ainda ao financiamento de 250 milhões de euros no âmbito da reestruturação da dívida.

Mas foram precisos dois comunicados da SAD portista para que o regulador liderado por Luís Laginha de Sousa permitisse o “regresso” à negociação em bolsa.

A CMVM determinou a suspensão na sequência da entrevista concedida pelo presidente dos dragões à SIC na segunda-feira e na qual Pinto da Costa revelou informação privilegiada que devia ser prestada ao mercado. Designadamente desvendou que a SAD estava a fechar um financiamento de 250 milhões de euros numa operação que vai baixar o custo da dívida e adiantou que o acordo relativamente à exploração do Estádio do Dragão iria dar um encaixe de 70 milhões de euros, o que iria permitir aumentar os capitais próprios.

No primeiro comunicado, enviado ao final da manhã desta terça-feira, a SAD revelou uma “reformulação da dívida de médio e longo prazo” e no âmbito da qual estava a fechar um contrato de financiamento de 250 milhões com uma “taxa de juro competitiva”. E que o acordo sobre o estádio iria consubstanciar na venda de uma participação minoritária numa empresa do grupo do FC Porto.

Estas informações não foram suficientes para a CMVM e, ao final da tarde, a SAD portista divulga um segundo comunicado com mais detalhes. Que a injeção de capital por parte de uma empresa internacional deverá ocorrer durante o mês de abril ao abrigo de um acordo que irá refletir-se na venda de participação minoritária de até 30% numa nova empresa, dedicada exclusivamente à exploração comercial do estádio, tendo sob a sua gestão a exploração dos serviços de corporate hospitality, a bilhética e o naming do estádio do Dragão.

Relativamente à reestruturação da dívida, os responsáveis dos dragões acrescentaram que “fruto da permanente auscultação ao mercado em busca de melhores condições financeiras, a sociedade está ainda em fase de negociação, pelo que não pode concretizar detalhes da operação, como taxas de juro e/ou contrapartidas associadas”.

Com um nível de liquidez muito residual, as ações da SAD do FC Porto fecharam a sessão de quinta-feira a cotar nos 1,15 euros, com a sociedade a apresentar uma capitalização em bolsa de 25 milhões de euros.

(Notícia em atualização)

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