Sem acordo, Chega pedirá comissão parlamentar de inquérito potestativa ao caso das gémeas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 9 Abril 2024

André Ventura diz que requerimento para comissão parlamentar de inquérito potestativa não é a solução “ideal” ou “desejável”.

O Chega vai requerer uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) potestativa ao caso das gémeas para ser constituída nos próximos dias, caso não seja alcançado um “consenso alargado” com o PSD e o PS até ao final da semana, avançou esta terça-feira André Ventura.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o líder do Chega disse que “não é a solução ideal, não seria a solução desejável, mas é a solução a que, aparentemente, os dois maiores partidos querem remeter esta investigação“.

“Querem abafá-la, no fundo, por alguma razão, e o Parlamento deve focar-se em descobrir a verdade e a possível existência de favorecimentos políticos no acesso à saúde”, acrescentou.

Se, segundo André Ventura, as palavras de Pedro Nuno Santos na segunda-feira deixaram “claríssimo” que o PS não vai viabilizar a comissão parlamentar de inquérito pedida pelo Chega, sobre o PSD ainda não tem “informação definitiva” sobre se estará disposto a viabilizar.

Embora não tenha revelado a posição do PS à CPI pedida pelo Chega ao caso das gémeas, Pedro Nuno Santos disse, em entrevista à TVI e à CNN Portugal, acreditar que esta “não vai acrescentar nada”. O líder socialista afirmou que “não há intenção de se esconder coisa nenhuma” e que o tema, que envolve o Presidente da República, deve ser tratado no âmbito das audições das comissões parlamentares. O funcionamento do Parlamento não se pode “reduzir” às CPI, disse.

Ainda assim, o Chega considera “importante” que este assunto comece a ser tratado pelo novo Parlamento “o mais rápido possível”, ainda mais num cenário em que não há a estabilidade de uma composição maioritária”.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h)

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