Navigator aumenta preços do papel higiénico e guardanapos entre 8% e 10%

Após dois aumentos no papel usado na impressão e escrita, a produtora portuguesa avança com subida de preços nos papéis tissue para “mitigar o incremento dos custos de produção”.

A The Navigator Company anunciou esta quarta-feira que vai aumentar entre 8% e 10% os preços dos papéis tissue (papel higiénico, guardanapos, rolos de cozinha ou toalhas de mão) em todos os mercados onde opera, para despachos a partir de maio e com o objetivo de “mitigar o incremento dos custos de produção”.

Em comunicado, o grupo português justifica esta subida com a “inversão acelerada de ciclo que se acentuou desde o passado mês de agosto 2023, altura em que se iniciou um aumento muito significativo dos custos produtivos, nomeadamente de pasta de papel, o principal fator de custo de produção de tissue”.

“O índice internacional de referência do preço da pasta (fibra curta) subiu 65% desde agosto 2023. Na semana passada, foi anunciado um novo preço da pasta para maio que será o preço mais alto alguma vez verificado historicamente no setor, representando um aumento adicional de 10% face ao preço de hoje”, contabiliza a empresa, que há um mês lançou uma OPA sobre a Accrol, fabricante britânica de lenços e papel higiénico.

A companhia liderada por António Redondo, que já começou a comunicar estes aumentos aos clientes, fala ainda de uma “medida excecional imprescindível para garantir a sustentabilidade a longo prazo não só do seu modelo de negócio e equilíbrio financeiro como também da cadeia global de abastecimento, junto dos seus clientes e fornecedores”.

No caso do papel uncoated woodfree (UWF), usado na impressão e escrita, a antiga Portucel já atualizou por duas vezes os preços num espaço de apenas quatro meses. Em dezembro anunciou um aumento entre 5% e 7%; no final de fevereiro, com efeito a partir de 25 de março, comunicou um novo aumento até 5% no preço deste papel para os mercados europeus.

A Navigator fechou 2023 com um volume de negócios de 1.953 milhões de euros, uma queda de 20% face aos 2.465 milhões alcançados no ano anterior. Ainda assim, o “segundo melhor resultado da história da empresa”. A produtora de pasta e papel registou um lucro líquido de 275 milhões de euros no ano passado, o que representa um recuo de 30% face a 2022.

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