Trabalhadores aprovam greve parcial na OGMA
Plenário de trabalhadores aprovou a marcação de quatro horas de greve para o dia 20 de maio. Exigem atualização salarial mais elevada para este ano.
Os trabalhadores da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, aprovaram em plenário uma greve de quatro horas no dia 20 de maio, entre as 12h30 e as 16h30. Estão contra a proposta de atualização salarial da empresa para este ano e admitem novas paralisações.
No plenário, que decorreu na terça-feira, foi aprovada uma moção onde se exige “uma atualização salarial em 2024, com efeitos a 1 de janeiro, que corresponda à necessidade de reposição do poder de compra perdido e do aumento real dos salários”, afirma um comunicado conjunto do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), do Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (SITEMA) e dos Sindicatos dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa (STEFFAs).
As estruturas sindicais apelam “a uma negociação viável, com a aproximação das suas posições às propostas submetidas pelos sindicatos, e com o foco nos salários de todos e não em aumentos discricionários”, acrescenta.
A administração da OGMA apresentou duas propostas de atualização salarial: uma atualização de 2,5% para todos os trabalhadores, ou um aumento de 41 euros transversal a todos, a que se acrescenta uma subida de 1,25 euros por dia de subsídio de refeição. Os sindicatos consideram que a atualização é “inferior ao prémio discricionário anunciado” pela empresa de manutenção, reparação e construção de aeroestruturas para aeronaves civis e militares.
A moção, aprovada por 95% dos trabalhadores presentes no plenário, refere ainda “a disponibilidade e o compromisso para empreender um processo de luta em torno de uma atualização salarial justa, utilizando todos os meios ao dispor, designadamente o recurso à greve“.
A OGMA é detida em 65% pela Airholding, da fabricante brasileira Embraer, e em 35% pela empresa pública idD Portugal Defence.
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