Como a IA Generativa se prepara para revolucionar a banca

O valor de mercado global para tecnologias de IA generativa em instituições de serviços bancários e financeiros poderá chegar aos 100 mil milhões de dólares em 2032.

Nos bastidores da banca mundial, uma revolução silenciosa está em marcha. De acordo com um recente estudo da Bain & Company (B&C), mais de 80% dos bancos planeiam reformular as suas arquiteturas de dados nos próximos anos, impulsionados pelo potencial transformador da Inteligência Artificial (IA) generativa.

Com a capacidade de analisar e utilizar dados não estruturados, a IA generativa oferece conselhos financeiros altamente personalizados, adaptados a cada cliente individual, prometendo assim não só otimizar operações internas como também revolucionar a forma como os bancos interagem com os seus clientes.

Segundo dados da Global Market Insights, citados pelos responsáveis da B&C, o valor de mercado global para tecnologias de IA generativa em instituições de serviços bancários e financeiros poderá aumentar de 20 mil milhões de dólares em 2022 para mais de 100 mil milhões de dólares em 2032.

Para prosperar num futuro dominado pela IA, os bancos devem adotar uma abordagem estratégica detalhada, baseada em planeamento de cenários e numa compreensão profunda das prioridades dos clientes.

Mas não é apenas uma questão de eficiência e de exclusividade do setor bancário o uso de IA. Os cinco autores do estudo da B&C revelam que são muitas as equipas de marketing que já utilizam IA generativa para criar conteúdo personalizado a uma velocidade impressionante, produzindo centenas de anúncios em minutos; e que no setor de tecnologias de informação, “assistentes de codificação prometem aumentar a produtividade em até 50% em tarefas específicas, como a documentação de código”.

As perspetivas dos especialistas sobre o impacto da IA no setor bancário apontam para números igualmente transformadores. No plano do financiamento bancário a empresas, os bancos pioneiros estimam melhorias de eficiência em torno de 40%. “No entanto, como acontece com qualquer tecnologia nova ou evoluída, o sucesso não é um dado adquirido, e a IA generativa será mais eficaz no contexto mais alargado da estratégia empresarial e das capacidades tecnológicas mais amplas”, destaca a equipa liderada por Philipp Baecker, partner da B&C.

Os autores desta análise destacam ainda que, para tirar pleno proveito da IA generativa, os bancos precisam de ir além de provas de conceito isoladas e de desenvolver uma postura mais abrangente. “Isso requer uma estratégia sólida, começando pelo mapeamento dos casos de uso, seguida da expansão das capacidades analíticas de dados, da engenharia de um modelo operacional apropriado e da adição de uma arquitetura tecnológica adequada.”

Além disso, destacam que, para prosperar num futuro dominado pela IA, os bancos devem adotar uma abordagem estratégica detalhada, baseada em planeamento de cenários e numa compreensão profunda das prioridades dos clientes. “A execução eficiente dos casos de uso escaláveis e a capacidade de adaptação são essenciais.”

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