Investimento em Certificados de Aforro sofre a maior queda em seis anos

O dinheiro aplicado em Certificados de aforro caiu pelo sexto mês consecutivo e contabilizou a maior correção mensal desde maio de 2018, segundo dados publicados pelo Banco de Portugal.

Os Certificados de Aforro continuam a não merecer a aposta das famílias. Pelo sexto mês consecutivo, o volume de resgates e reembolsos é maior que o montante de novas subscrições, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

No final de abril, estavam aplicados 33,97 mil milhões de euros nestes títulos de dívida do Estado desenhados para o retalho, menos 28,29 milhões de euros do que em março. Trata-se de uma correção mensal de 0,083%, a maior desde maio de 2018 e no período mais longo de emissões líquidas negativas de Certificados de Aforro desde outubro de 2018, quando na altura registou 24 meses consecutivos de saldos líquidos negativos.

Só este ano, o stock de Certificados de Aforro emagreceu cerca de 92 milhões de euros, o equivalente a uma correção de 0,3%, passando de 34,1 mil milhões de euros em dezembro de 2023 para os atuais 33,97 mil milhões de euros.

Mas não são apenas os Certificados de Aforro a serem rejeitados pelas famílias. Também os Certificados do Tesouro estão a perder interesse nas carteiras dos particulares. De acordo com dados do Banco de Portugal, o stock destes títulos caiu 0,94% em abril face a março para 10,5 mil milhões de euros.

Além de ter sido o 30.º mês consecutivo de subscrições líquidas (volume de resgates é superior ao volume de subscrições), é também o valor acumulado mais baixo destes títulos de dívida do Estado desenhados para o retalho em quase oito anos. É preciso recuar até setembro de 2016 para encontrar um montante tão baixo.

Atualmente, as famílias têm cerca de 44,5 mil milhões de euros de dívida do Estado na sua posse sob a forma de Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro. É o valor mais baixo desde abril do ano passado.

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