Produção global de seguros cresceu 13,6% para 3,5 mil milhões de euros
O crescimento foi sustentado pela subida de 18,8% da produção do ramo Vida e 9,9% dos ramos Não Vida. Os montantes pagos pelas produtoras de seguros cresceram 3,3%.
A produção global de seguro direto – venda direta de seguros aos clientes – cresceu 13,6% para mais de 3,5 mil milhões de euros em Portugal no primeiro trimestre de 2024 face ao período homólogo.
O crescimento foi sustentado pela subida de 18,8% da produção do ramo Vida e 9,9% do ramo Não Vida, segundo o Relatório de Evolução da Atividade Seguradora 1.º Trimestre 2024 da Autoridade Supervisora de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).
Segundo a ASF, foi relevante para o acréscimo de produção de seguro direto do ramo Vida “o aumento verificado nos seguros de vida Não Ligados (35,4%), quer nos produtos PPR (33,7%), quer nos restantes seguros de vida Não Ligados (36,3%)”. Quanto aos ramos Não Vida, estes registaram crescimentos de “17,7% do ramo Doença e 11,2% da mobilidade Acidentes de Trabalho, cujo peso relativo na produção passou a ser de 24,3% e 19,1%, respetivamente”.
Relativamente aos montantes pagos pelas produtoras de seguros, estes cresceram 3,3% face a março do ano anterior, empurrado pelo aumento de 10,1% nos ramos Não Vida, visto que o ramo Vida “manteve o valor praticamente inalterado”.
As empresas nacionais registaram acréscimos de 14,9% e 11,1% no ramo Vida e no ramo Não Vida, respetivamente. Enquanto das sucursais da União Europeia a operar em Portugal (supervisionadas pela entidade reguladora do país onde estão sediadas) cresceram 79,7% no ramo Vida e 2,4% no ramo Não Vida.
A ASF revelou também que, no primeiro trimestre de 2024, “o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros totalizou 50,5 mil milhões de euros, o que representa um acréscimo de 0,3% face ao final do ano passado“, destacando que “na mesma data o volume de provisões técnicas foi de 42,6 mil milhões de euros”.
Por provisões técnicas entende-se o montante que as seguradoras devem manter para conseguir cobrir os compromissos assumidos com os clientes. Este cresceu 0,2% face ao final do ano passado.
Já o rácio de solvência do conjunto das empresas supervisionadas pela ASF fixou-se em 203% no final do primeiro trimestre de 2024, 1% acima do registado no final de 2023.
Por fim, o requisito de capital mínimo (MCR) registou um aumento de 92% no final do primeiro trimestre de 2024 face ao final de 2023 para 620%. O MCR corresponde ao montante “de fundos próprios abaixo do qual se considera que os tomadores de seguros, segurados e beneficiários ficam expostos a um grau de risco inaceitável”.
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