Ageas em 2023: Lucros e negócios baixam, solidez reforçada

  • Francisca Pinto Goncalves
  • 11 Junho 2024

A quota de mercado do grupo no ramo vida caiu quase um ponto percentual mas foi reforçado no ramo Não Vida passando de 14,2% para 14,5%. Solidez melhorou para 268%, 60 pontos acima da média nacional.

O Grupo Ageas Portugal fechou 2023 com o resultado líquido operacional a cair 8,3% para 120 milhões de euros face ao ano anterior que registou 130 milhões, calculado a partir dos comunicados divulgado pela companhia. No mesmo sentido, o volume de negócios do grupo caiu de mais de 2 mil milhões para 1,8 mil milhões nos ramos Vida e Não Vida.

De acordo com o grupo, “ainda que o volume de negócios do Grupo Ageas Portugal tenha sofrido uma redução face ao ano anterior, os resultados asseguram uma forte consolidação e robustez financeira”.

Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal, aponta para a inflação, elevados níveis de taxa de juro, aliado ao contexto internacional de guerra na Europa e no Médio Oriente como principais obstáculos na recuperação do crescimento económico.

No entanto, o volume de negócios do ramo Não Vida do grupo alcançou, pela primeira vez, os mil milhões de euros, registando um crescimento de 13%. Acréscimo sustentado pela “maior participação vinda dos ramos de Saúde (15,7%), Automóvel (10,2%) e Incêndio Outros Danos (12,6%)”. “Para este crescimento, contribuiu o aumento de preços em algumas linhas de negócio, um dos fatores responsáveis por fazer face ao reforço da frequência de sinistros e dos custos dos prestadores.”.

No sentido oposto, o ramo Vida registou um decréscimo de cerca de 19% para 800 milhões de euros, empurrado pela menor venda de produtos unit link – contratos de seguros ligados a fundos de investimento. “No entanto, esta diminuição foi parcialmente compensada pelo crescimento nos produtos de capitalização, com destaque para os Planos Poupança Reforma”, refere.

Importa salientar que, de acordo com a Ageas Portugal, este ramo tinha registado uma quebra de 26% em 2022 face ao ano anterior “justificado pela conjuntura adversa, potenciada pelo efeito económico da inflação e da guerra da Ucrânia”.

Nesse sentido, a quota de mercado do grupo no ramo vida caiu quase um ponto percentual (dos 17,1% em 2022 para 16,2% em 2023), mas reforçou a quota de mercado do ramo Não Vida passando de 14,2% para 14,5%.

Para Steven Braekeveldt, CEO do Grupo Ageas Portugal “o ano de 2023, à semelhança do que já tínhamos antecipado, foi um período particularmente complexo com consequências significativas ao nível económico e social. Embora tenhamos conseguido, enquanto grupo segurador, manter a solidez financeirae ainda aumentar a nossa oferta com o lançamento de mais uma marca, a Livo -, a permanência de um contexto de pressão inflacionista, de níveis elevados de taxas de juro, aliado a um contexto internacional de guerra na Europa e no Médio Oriente, não permitiu a tão esperada recuperação do crescimento económico”.

Nota para o rácio de solvência do grupo fixou-se nos 268%, muito acima da média das seguradoras em Portugal.

 

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