Atividade turística abranda em abril, mas receitas aumentam
Números do Instituto Nacional de Estatística mostram que os estabelecimentos hoteleiros registaram 2,6 milhões de hóspedes e 6,6 milhões de dormidas. Apesar do decréscimo, receitas aumentaram 3,4%.
A atividade turística abrandou em abril deste ano com o setor do alojamento a registar uma quebra de 3,6% no número de hóspedes (2,6 milhões) e uma diminuição de 4,2% nas dormidas (6,6 milhões). No entanto, os proveitos totais aumentaram para 508,8 milhões de euros, mais 3,4% que em abril do ano passado, enquanto os proveitos de aposento aumentaram 2,8% para 383,7 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Em abril, o município de Lisboa concentrou 20,9% do total de dormidas (10,5% do total de dormidas de residentes e 24,8% de não residentes). Entre os municípios com maior representatividade no total de dormidas neste mês, destacou-se Albufeira (9,9% do total de dormidas) pelo decréscimo expressivo (-13,5%), que se ficou a dever à diminuição das dormidas de residentes (-25,3%) e de não residentes (-10,8%).
O rendimento médio por quarto disponível chegou aos 62,7 euros (valor 0,5% abaixo face ao mesmo mês do ano passado) e o rendimento médio por quarto ocupado atingiu 109,3 euros (4,3% acima do registado no período homólogo). O rendimento médio por quarto ocupado atingiu os valores mais elevados na Grande Lisboa (148,9 euros), no Alentejo (106,2 euros) e na Madeira (104,5 euros).
Proveitos totais decresceram no Algarve, no Alentejo e no Centro
Após dois meses em aceleração, o crescimento dos proveitos totais e de aposento abrandou para crescimentos de 3,4% e 2,8%, respetivamente (+20,1% e +21,1%, em março, respetivamente). Os proveitos totais atingiram 508,8 milhões de euros e os proveitos de aposento ascenderam a 383,7 milhões de euros.
A Grande Lisboa foi a região que mais contribuiu para a globalidade dos proveitos (34% dos proveitos totais e 36,4% dos proveitos de aposento), seguida do Algarve (21,9% e 20,0%, respetivamente) e do Norte (16,4% e 17,0%, pela mesma ordem).
Após mais de três anos sem registo de variações negativas, os proveitos totais e de aposento apresentaram decréscimos em algumas regiões, sendo mais expressivos nas regiões do Alentejo (-6,4% e -6,6%, respetivamente) e do Algarve (-6,1% e -4,4%, pela mesma ordem). Por outro lado, os maiores aumentos ocorreram na Região Autónoma dos Açores (+15,3% nos proveitos totais e +18,2% nos de aposento), na Região Autónoma da Madeira (+11,6% e +10,6%, respetivamente) e no Oeste e Vale do Tejo (+10,2% e +6,4%, pela mesma ordem).
Considerando a generalidade dos meios de alojamento (que incluí estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 2,8 milhões de hóspedes e sete milhões de dormidas em abril, refletindo decréscimos de 4,9% e 5,3%, respetivamente. As dormidas de residentes diminuíram 14,5% e as de não residentes decresceram 1,1%.
O gabinete nacional de estatística dá nota que “importa assinalar que estes resultados foram influenciados pela estrutura móvel do calendário, ou seja, pelo efeito do período de férias associado à Páscoa, que no ano anterior se concentrou em abril, enquanto este ano se repartiu entre março e abril”.
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