Lucro da Infraestruturas de Portugal dispara no primeiro trimestre. Investimento foi metade do previsto

A Infraestruturas de Portugal fechou o primeiro trimestre com um lucro de 36,8 milhões de euros, mais 280% do que no período homólogo.

A Infraestruturas de Portugal (IP) registou um lucro de 36,8 milhões de euros no primeiro trimestre, soma que representa um aumento de 280% face ao mesmo período do ano passado. O investimento cresceu para 100 milhões de euros, mas ficou muito longe da meta orçamentada.

A IP investiu 100 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, “o que representa um aumento de 4% face ao período homólogo de 2023 e uma execução de 50% face ao previsto para primeiro trimestre de 2024“, nota a empresa no relatório de execução orçamental.

A empresa liderada por Miguel Cruz salienta que forma executados 13,9 milhões em relação aos investimentos incluídos no PRR Rodoviário, mais 6,6 milhões de euros do que no período homólogo de 2023. Segundo o relatório, o indicador agregado de investimentos estratégicos foi cumprido a 65%, ficando aquém da meta de 85%.

Quantos aos resultados do primeiro trimestre, estes beneficiaram do ligeiro crescimento nas vendas e serviços prestados, que aumentaram 3,1% para os 284,5 milhões de euros. Número que ficou, ainda assim, aquém do previsto no orçamento para este ano, onde se previa uma receita de 300,5 milhões.

Impacto positivo teve também o aumento das indemnizações compensatórias recebidas, que totalizaram 22,4 milhões de euros, mais 62,4% do que no período homólogo. O montante orçamentado era, no entanto, de 32,7 milhões.

As despesas com fornecimentos e serviços externos encolheram 1,69%, com a redução de 5,8% nos encargos com a conservação, reparação e segurança da rede rodoviária a mais do que compensar o acréscimo de 11,2% na rede ferroviária. Já os gastos com pessoal aumentaram 6%, ficando, no entanto, abaixo dos 41,5 milhões previstos no Plano de Atividades e Orçamento.

O resultado operacional cresceu 31,5% para 76,6 milhões, beneficiando ainda da redução de 9,3 milhões nos gastos/reversões de depreciação e amortização, que somaram 58,7 milhões. Ficou, no entanto, 28,6 milhões abaixo do orçamentado. A dívida da empresa liderada por Miguel Cruz recuou 159 milhões face a 31 de março de 2023, para 3.845,9 milhões, o que se deveu “às amortizações dos empréstimos do BEI”.

A empresa pública teve prejuízos de 18,8 milhões de euros em 2023. O volume de negócios foi de 1.201 milhões de euros, mais 30 milhões de euros do que em 2022.

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