Exportações do Lidl com impacto de 286 milhões na economia nacional
Ao todo foram exportados 156 milhões de euros em produtos nacionais para lojas da cadeia em 29 mercados europeus onde está presente. Frutas e legumes lideram.
As exportações do Lidl de produtos nacionais para as lojas da cadeia na União Europeia (UE) tiveram um impacto direto e indireto de 289 milhões de euros no ano passado, uma subida de 18% face ao ano anterior, tendo criado 6.520 empregos (+32%), aponta um estudo da consultora Forvis Mazars para a cadeia alemã, conhecido esta quarta-feira.
No ano passado, o Lidl exportou para as lojas dos 29 países europeus — do total de 32 onde está presente — 156 milhões de euros, cerca de 2% das exportações portugueses de produtos alimentares para a UE. “Por cada euro em exportações facilitadas pelo Lidl em produtos destinados à exportação, foram gerados cerca de 1,85 euros na economia portuguesa”, destaca o estudo da consultora.
“Os dados deste estudo ilustram o nosso impacto cada vez mais acentuado na economia portuguesa, tanto na geração de riqueza para o país, como para a geração de emprego, a par do nosso empenho na promoção da qualidade dos produtos portugueses nos mercados internacionais, demonstrando um compromisso contínuo com o desenvolvimento sustentável e a criação de oportunidade. Desta forma, abrimos as portas da nossa rede de lojas em toda a Europa a fornecedores que, eventualmente, de outra forma teriam mais dificuldades na sua internacionalização”, aponta Bruno Pereira, administrador de compras do Lidl Portugal, citado em comunicado.
Produtos da agricultura, da produção animal e da caça e dos serviços relacionados (44%); Produtos alimentares (31%); Bebidas (18%) e Produtos da pesca e da aquacultura (7%) são os principais produtos exportados pela cadeia que, no ano passado impulsionou as vendas de mais de 100 fornecedores nacionais, exportando mais de uma centena de diferentes tipos de artigos para cerca de três dezenas de países com destaque para a Alemanha, Espanha e França.
O que exporta
Dos mais de 100 fornecedores nacionais — número em linha com o do ano anterior –, 80% são PME, representando estas empresas 82% das exportações da cadeia.
Um total de 156 milhões de produtos nacionais seguiram para as lojas do Lidl no mercado externo (uma subida de 19% face a 2022) com as categorias frutas e legumes (57,5 milhões de euros), vinho e licores (24,3 milhões de euros), peixe e conservas de peixe (13,1 milhões de euros), alimentos básicos como massas e arroz (12,2 milhões de euros) e legumes e leguminosas enlatados (11,4 milhões de euros) a serem as que mais contribuíram em termos de valor exportado.
Já em volume, frutas e legumes (25,2 mil toneladas), legumes e leguminosas enlatados (14.900 toneladas), padaria e pastelaria (40,8 milhões de unidades) e vinhos e licores (7,9 milhões de litros) foram as mais representativas, refere a cadeia ao ECO.
Categorias como laticínios frescos e secos (+227%), Café / Chá /Cacau / Instantâneo (+148%) e a de Alimentos Básicos (+50%) mais do que duplicaram o seu volume de exportação.
No ano passado, o número de mercados para os quais o Lidl faz chegar os produtos nacionais manteve-se face a 2022. “Os mercados que apresentaram um maior crescimento foram Letónia (175%), Suécia (118%) e Países Baixos (84%). No entanto, Alemanha, França e Espanha continuam a ser os principais mercados, representando no seu conjunto 60%”, adianta fonte oficial da cadeia ao ECO.
Novos produtos made in Portugal começaram também a ser escoados para o mercado externo. “Há produtos que entraram em novos mercados e a categoria de frutas e legumes – uma das nossas categorias estrela – é um exemplo disso. Em 2023, iniciámos a exportação de dióspiro para a Alemanha – assim como outros artigos nacionais a entrarem em países onde ainda não estavam presentes, nomeadamente: a exportação de tomate para Espanha ou de cenoura e abóbora para a Alemanha”, adianta fonte oficial da empresa ao ECO. No total, no seu ano fiscal de 2023, o Lidl Portugal exportou 25,2 mil toneladas de frutas e legumes, representando 57,5 milhões de euros.
“Apesar da seca meteorológica sentida em 2022 e 2023 em todo o país e o número significativo de incêndios que dificultaram a exploração das terras agrícolas, em 2023, o Lidl Portugal ajudou a exportar quase 2,9 mil toneladas de Citrinos do Algarve IGP – a Laranja e o Limão – um aumento de 0,9 mil toneladas face a 2022″, revela ainda a empresa quando questionada pelo ECO sobre o impacto da seca na aposta de exportar mais citrinos da região do Algarve.
Criação de emprego
As exportações facilitadas pelo Lidl tiveram igualmente impacto no que toca ao emprego, tendo criado 6.520 empregos em Portugal. Ou seja, mais 32% face a 2022, representando mais 1.588 postos de trabalho, de forma direta, indireta e induzida, tendo impactado maioritariamente as áreas de produtos da agricultura, da produção animal e da caça e dos serviços relacionados (61%); produtos alimentares (19%); produtos da pesca e da aquacultura (11%) e bebidas (9%).
Há 29 anos em Portugal, o Lidl tem cerca de 9.000 colaboradores, distribuídos por mais de 270 lojas, de Norte a Sul do país, e 4 direções regionais e entrepostos. Segundo o Estudo de Impacto realizado pela KPMG, em 2022, o Lidl Portugal contribuiu com 3.100 milhões de euros a nível de geração de riqueza para o país, representando 1,3% do PIB nacional.
(Notícia atualizada às 15h18 com mais informação)
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