Repsol, Coxabengoa e Acciona impulsionam a transição da América Latina para as energias renováveis com investimentos na Colômbia, Chile e Peru
Nos últimos anos, a América Latina emergiu como uma região-chave para a expansão das empresas globais de energia, de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE).
A entidade aponta na sua análise ‘Latin America Energy Outlook’ que há um potencial significativo para um maior desenvolvimento de bioenergia e recursos solares e eólicos de alta qualidade na região, o que levou empresas como Repsol, Coxabengoa e Acciona a intensificar seus investimentos no continente.
Assim, a Repsol tem projetos de energias renováveis como parte da sua estratégia de transição energética para fontes mais limpas e sustentáveis. Alguns dos seus principais compromissos são no Chile, onde, juntamente com o Grupo Ibereólica Renovables, concluiu no início do ano passado um projeto de produção de eletricidade no parque eólico de Atacama de 165,3 MW, com um investimento entre 200 e 300 milhões de euros, o segundo projeto eólico que ambas as empresas desenvolveram e colocaram em funcionamento conjuntamente, depois de Cabo Leones III, com 192,5 MW. Para além disso, também no ano passado, arrancou a primeira fase da central fotovoltaica Elena, que terá uma potência total instalada de até 596 MW.
A Coxabengoa, especializada em água e energia, tem uma vasta e consolidada carteira de projetos na América Latina e continua a expandir-se em vários países da região. É o caso da Colômbia, onde prevê investir mais de 300 milhões de dólares nos projetos existentes, como confirmou recentemente o presidente executivo da empresa, Enrique Riquelme, no fórum CEAPI. A empresa também reforçou a sua presença no continente graças a adjudicações como a recente concessão de 300 milhões de euros no Brasil, que inclui uma linha de transmissão de 104 quilómetros de 230 kV e três subestações no estado de São Paulo, reforçando a sua posição no país com mais de 10.000 quilómetros de linhas de transmissão construídas ao longo da sua história.
Além disso, a Acciona obtém a maior parte das suas receitas da sua divisão de energia e possui ativos de produção renovável em grande parte da América Latina. Como parte desta estratégia, a empresa lançou recentemente o seu primeiro projeto no Peru, com a construção do parque eólico de San Juan de Marcona, que terá 23 turbinas eólicas e uma capacidade de 135,7 MW, com um investimento total estimado em 164 milhões de euros. No Panamá, a Acciona também está a construir instalações como a estação de tratamento de água de Arraiján, com uma capacidade de tratamento de 150.000 m3 por dia, expansível até 227.000 m3, que beneficiará 280.000 habitantes da zona oeste do Panamá.
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