Portugal foi o 8.º país da UE que mais beneficiou do financiamento da coesão do grupo BEI
Financiamento da coesão para Portugal correspondeu a mais de 1,4 mil milhões de euros em 2023, com destaque para o empréstimo de 60 milhões de euros ao Porto de Leixões.
Portugal foi o oitavo país da União Europeia (UE) que beneficiou de mais financiamento da coesão pelo grupo Banco Europeu de Investimento (BEI) em 2023. De acordo com o relatório do BEI sobre a atividade e compromisso do grupo com a coesão em 2023, divulgado esta terça-feira, o financiamento da coesão para Portugal correspondeu a mais de 1,4 mil milhões de euros em 2023.
O relatório revela que que o grupo BEI, que reúne o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Fundo Europeu de Investimento (FEI), no ano passado, os financiamentos do grupo destinados a projetos nas zonas mais pobres da União Europeia (UE), as chamadas regiões de coesão, cifrou-se em 36,2 mil milhões de euros, representando 47% dos empréstimos concedidos e dos investimentos efetuados pelo grupo nesta região no ano passado.
Entre os países que mais beneficiaram encontram-se França, Espanha e Polónia, enquanto no fim da tabela estão a Irlanda, Letónia e Áustria.
Segundo o relatório, os empréstimos concedidos apenas pelo BEI no domínio da coesão ascenderam a 29,8 mil milhões de euros (45,1% do total dos compromissos de financiamento assumidos pela UE, ultrapassando a meta de 42 % fixada pelo Banco).
Das 145 regiões de coesão da União Europeia, 67 são classificadas como regiões em transição e 78 como regiões menos desenvolvidas, situando-se estas últimas sobretudo na Europa Central e Oriental, bem como em Portugal, na Grécia e nas regiões do sul de Itália e de Espanha, destaca o grupo.
Portugal beneficiou de novos compromissos financeiros assumidos pelo grupo BEI de 2,1 mil milhões de euros, o que representa um aumento de mais de 25% em relação ao ano anterior. Destes, 66% foram destinados ao financiamento da coesão.
Entre outros investimentos, “o BEI concedeu um empréstimo de 60 milhões de euros ao Porto de Leixões para melhoria das acessibilidades marítimas através do aprofundamento do canal de acesso e do prolongamento do quebra-mar”, recorda. O projeto, localizado numa região de coesão da UE, tem como objetivo melhorar o transporte de pessoas e mercadorias, garantir o acesso a empregos e serviços e fomentar o comércio e o crescimento económico.
“A coesão social e territorial está no cerne da missão do Grupo BEI e é uma das nossas principais prioridades estratégicas”, afirmou a presidente do Grupo BEI, Nadia Calviño, citada em comunicado. A sucessora de Werner Hoyer realçou que “embora o talento esteja distribuído de forma equitativa, as oportunidades não estão”.
O relatório revela ainda que os empréstimos concedidos pelo BEI no domínio da coesão em 2023 atingiram “um máximo histórico nos 65 anos de existência do banco”, com um aumento do financiamento destinado às pequenas e médias empresas (PME) e às empresas de média capitalização.
“O apoio à ação climática e à sustentabilidade ambiental correspondeu a 60 % do total dos compromissos nas regiões da coesão. No ano passado, os cinco países que mais beneficiaram desse apoio foram a França, a Espanha, a Polónia, a Itália e a Grécia”, refere.
Por seu lado, os compromissos assumidos pelo FEI em 2023 em matéria de garantias de crédito e de investimentos em capital de risco e participações privadas nas regiões da coesão ascenderam a 6,8 mil milhões de euros, isto é, 49 % do total dos seus compromissos na UE, tendo Roménia, Bulgária e Polónia sido os principais beneficiários.
“É fundamental garantir a competitividade e a coesão em toda a UE para construir um futuro inclusivo, mas também para fortalecer a posição da UE no plano internacional”, afirmou a diretora-geral do FEI, Marjut Falkstedt, citada em comunicado.
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