Empresa de Luís Figo perdeu 9,3 milhões em 2023 após “mau investimento financeiro”
Com estas perdas, os ativos da Damash Assets diminuíram de 23,1 milhões de euros para 13,6 milhões, enquanto o salário de Figo baixou de mais de 735.600 euros para 191.000 euros.
A holding Damash Assets, detida pelo ex-futebolista português Luís Figo, fechou as contas de 2023 no vermelho. De acordo com o El Confidencial, o principal negócio do antigo jogador que passou por clubes como Sporting, Real Madrid, Barcelona e Inter de Milão, registou perdas de 9,3 milhões de euros no ano passado, devido, sobretudo, a um revés num investimento financeiro.
O jornal digital espanhol detalha que a Damash Assets rendeu a Luís Figo uma remuneração de 191 mil euros no último ano, quando em 2022 auferiu um salário de mais de 735.600 euros. Isto apesar de as receitas da empresa se terem mantido estáveis em cerca de um milhão de euros.
A imparidade para alienação de instrumentos financeiros no valor de 9.339.654 euros negativos provocou também uma diminuição significativa dos ativos totais da empresa: de 23,14 milhões de euros no final de 2022, ascendem agora a apenas 13,6 milhões de euros.
No que diz respeito aos investimentos financeiros a longo prazo, verificou-se uma redução de 15 milhões para 6,3 milhões, enquanto a tesouraria caiu de 1,8 milhões para menos de um milhão de euros.
Além da Damash Assets, que se dedica, a par de investimentos financeiros, ao aluguer de casas e a serviços de relações públicas, o ex-futebolista português é também proprietário da Damash Minerals, na área da exploração de minerais, que tem sede em Portugal, na Charneca da Caparica, e na capital do Senegal, Dakar.
Figo deu a cara por empresa ligada a esquema de burla
O Expresso revelou esta terça-feira que o antigo capitão da Seleção Nacional de futebol foi uma das figuras que deram a cara para promover a OmegaPro, um esquema que, durante quatro anos, burlou mais de três milhões de pessoas em todo o mundo, incluindo em Portugal.
Criada em 2019 e sediada no Dubai, a OmegaPro apresentava-se como uma empresa de investimento no mercado cambial, tendo também organizado palestras que eram promovidas por figuras públicas e influencers nas redes sociais.
O esquema fraudulento consistia, essencialmente, num modelo de vendas em pirâmide, em que os revendedores do produto ganham uma participação nos lucros obtidos, sendo vantajoso aumentarem a sua rede de clientes. O serviço era pago em criptomoedas.
Para se entrar na OmegaPro era necessário investir, no mínimo, um valor equivalente a 100 euros, mas quem angariava novos clientes tentava sempre captar mais investimento de quem entrava. Segundo as regras da empresa, existiam vários níveis de cliente, consoante o montante investido, variando entre o “Associado” (com investimento entre 365 e 550 euros) e o de “Coroa de Diamante Presidencial” (para quem investisse pelo menos 17 milhões de euros).
De acordo com o semanário português, os torneios de futebol eram eventos comuns de promoção da marca, sendo que Luís Figo foi um dos vários ex-jogadores que deram a cara para a promover. Em Portugal, terão sido burladas mais de uma centena de pessoas, num valor de pelo menos 18,7 milhões de euros.
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