Centeno fica com sete pelouros no Banco de Portugal, incluindo recursos humanos
Com a saída de Hélder Rosalino, o Conselho de Administração do Banco de Portugal aprovou a atualização dos pelouros e delegação de poderes. Governador conta com sete áreas sob intervenção direta.
O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, ficou com sete pelouros do Conselho de Administração, incluindo o departamento de pessoas e estratégia organizacional, de acordo com a nota divulgada esta terça-feira. A atualização de pastas no banco central, e supervisor da banca, ocorre com a saída do administrador Hélder Rosalino.
Na atualização da atribuição de pelouros, delegação de poderes, representação em entidades externas e outras designações dos membros do Conselho de Administração do Banco de Portugal, Mário Centeno tem o pelouro do gabinete do governador, do secretariado‐geral e dos conselhos, direção de relações internacionais e de cooperação, do departamento de estudos económicos, do departamento de auditoria (com o administrador Rui Pinto), do departamento de comunicação e museu (com a vice-governadora Clara Raposo) e do departamento de pessoas e estratégia organizacional (com a administradora Helena Adegas).
Já o vice-governador Luís Máximo dos Santos tem presença na averiguação e ação sancionatória, serviços jurídicos, departamento de resolução e no gabinete de conformidade, sendo ainda presidente da Comissão Diretiva do Fundo de Resolução e do Fundo de Garantia de Depósitos. É ainda representante do BdP no Conselho Único de Resolução, na Comissão de Coordenação das Políticas de Prevenção e Combate ao Branqueamento de Capitais e ao Financiamento do Terrorismo e no Conselho Consultivo da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública ‐ IGCP.
Por seu lado, a vice-governadora Clara Raposo tem responsabilidades no departamento de contabilidade e controlo, comunicação e museu (com Mário Centeno), estabilidade financeira e mercados. É ainda representante do BdP no Conselho Geral do Comité Europeu do Risco Sistémico, Comité Económico e Financeiro, no Plenário da Network of Central Banks and Supervisors for Greening the Financial System e alternate do governador no Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) e no Fundo Monetário Internacional (FMI) e do representante do Banco de Portugal no Conselho Nacional de Supervisores Financeiros.
O segundo mandato de Hélder Rosalino como administrador do Banco de Portugal terminou na segunda-feira, mas para evitar ficar a aguardar pela nomeação de um substituto por um período indeterminado, avisou o Ministério das Finanças que deixava o cargo logo no dia 10 de setembro, pedido a que o gabinete de Joaquim Miranda Sarmento assentiu, tal como noticiou o Expresso. Hélder Rosalino estava nos quadros do Banco de Portugal desde 1994 e passará a ser consultor da administração.
Para o lugar de Hélder Rosalino terá de ser indicada uma mulher, de forma a cumprir a quota de 40% do género sub-representado (o feminino, neste caso). O Governo terá agora de indicar um novo nome.
Em julho, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, escolheu um novo administrador. Luís Morais Sarmento, antigo secretário de Estado do Orçamento na equipa de Vítor Gaspar, foi indicado como o oitavo membro do conselho de administração do banco central, mas terá ainda de ser ouvido no parlamento.
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