Volkswagen recusa aumentos salariais de 7%. Sindicato ameaça com greves na Alemanha
"Devemos reduzir os nossos custos laborais na Alemanha. Só poderemos manter a nossa posição de liderança e garantir empregos a longo prazo se trabalharmos de forma mais económica", diz a construtora.
O sindicato alemão IG Metall ameaçou esta quarta-feira com a convocatória de greves na Volkswagen e com uma “reação histórica”, enquanto a empresa rejeitou as suas exigências no início de negociações consideradas cruciais.
O grupo automóvel alemão começou negociações com os trabalhadores, depois de ter anunciado no início do mês um programa para poupar custos, sem afastar o possível encerramento de fábricas na Alemanha e despedimentos.
Nesta primeira reunião de três horas, o sindicato exigiu um aumento salarial de 7%, entre outras reivindicações, o que foi recusado, segundo um comunicado da empresa citado pela agência EFE.
“Devemos reduzir os nossos custos laborais na Alemanha. Só poderemos manter a nossa posição de liderança e garantir empregos a longo prazo se trabalharmos de forma mais económica”, disse o chefe da equipa de negociadores da Volkswagen, Arne Meiswinkel, que antes da reunião tinha considerado a situação da empresa como “muito grave”.
Antes do início da reunião, o sindicato ameaçou com greves, a partir de dezembro, se não forem atendidas as suas propostas.
Mais de 3.000 trabalhadores, provenientes de diferentes locais do país, segundo o sindicato IG Metall, concentraram-se em frente ao centro de conferências onde a administração da Volkswagen e os representantes dos trabalhadores iniciaram as conversações.
As negociações que decorrem em Hanover, onde se situa a sede da Volkswagen, devem durar várias semanas.
O líder da Volkswagen, Oliver Blume, à frente do grupo desde 2023, insiste que os custos de produção na Alemanha são demasiado elevados, quando as vendas estão a cair e os fabricantes chineses aumentam a concorrência nos veículos elétricos.
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