Governo e LALIGA unem esforços para serem mais “enérgicos” na luta contra o “flagelo” do racismo
Assinam um acordo com uma dotação pública de 50.000 euros.
A ministra da Inclusão, Segurança Social e Migrações, Elma Saiz, e o presidente da LALIGA, Javier Tebas, assinaram esta quinta-feira um acordo para uma ação conjunta mais “enérgica” na luta contra o “flagelo” do racismo e do discurso de ódio no desporto, que contará com um orçamento público de 50.000 euros.
Como explicaram Saiz e Tebas após a assinatura do acordo num evento organizado pela jornalista Vanessa Cadena, a duração da colaboração será inicialmente de três anos e o seu desenvolvimento centrar-se-á na realização de ações entre as duas entidades em termos de prevenção e deteção do discurso de ódio.
Com ferramentas como o “MOOD”, que a LALIGA está a fornecer ao Ministério, será otimizada a estratégia de monitorização levada a cabo pelo Observatório Espanhol do Racismo e da Xenofobia (Oberaxe), através da escuta ativa nas redes sociais de ações racistas e xenófobas e de todos os discursos deste tipo.
O acordo inclui também o compromisso de trabalhar com a Fundação LALIGA no projeto Futura Afición, que visa sensibilizar os jovens para a importância de erradicar a violência no desporto, especialmente no futebol.
Ambos os representantes sublinharam que se trata de um acordo “histórico” porque o futebol é um “altifalante poderoso” capaz de chegar a uma audiência global e sensibilizar para a importância de combater o racismo, a xenofobia e o discurso de ódio em geral.
Salientaram ainda que as situações de racismo e discriminação vividas por futebolistas como Vinicius Jr e Nico Williams foram um “ponto de viragem” na consciencialização social para a necessidade de denunciar tais comportamentos.
Por outro lado, em setembro registou-se uma diminuição do discurso de ódio nas redes sociais contra menores não acompanhados, de 19,1% em julho para 1% e, em termos de tipologia, 26% incitam à violência com ameaças contra migrantes, de acordo com o último relatório sobre discurso de ódio nas redes sociais, realizado pelo Oberaxe e que a partir de agora passa a ser publicado mensalmente.
Dos conteúdos denunciados, as plataformas sociais apenas removeram 10% e o relatório sublinha a agressividade das mensagens e a falta de fiabilidade da fonte, que se baseia frequentemente em boatos e estereótipos.
Por último, Saiz reiterou que a educação e a promoção de uma cultura de respeito e inclusão em todos os domínios é “fundamental” e que este acordo visa construir uma “sociedade livre de discursos de ódio”.
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