Lloyd’s e ABI ensinam a avaliar acidentes cibernéticos
O documento surge por ainda não existirem eventos cibernéticos suficientes que as seguradoras possam considerar quando tentam estabelecer definições claras e redigir apólices.
A Associação Britânica de Seguradores (ABI, sigla inglesa) e a Lloyd’s of London criaram um guia para as seguradoras e resseguradoras sobre as formas de definir de um grande evento cibernético.
O objetivo é estabelecer os fatores que as empresas devem considerar, e fornece um quadro a seguir, para definir o que constitui um grande sinistro cibernético que permita quantificar os riscos e desenvolver estratégias de mitigação dos mesmos, anunciaram em comunicado.
O documento “Componentes de um grande evento cibernético: uma abordagem de (res)seguro” surge por este ser um dos riscos sistémicos e emergentes mais proeminentes e ainda não existirem eventos cibernéticos suficientes que as seguradoras possam considerar quando tentam estabelecer definições claras e redigir apólices.
Define que as etapas que devem ser consideradas para definir um sinistro cibernético de grande dimensão são:
- “Quem foi responsável pelo acontecimento e se as suas intenções eram maliciosas ou não?”
- “Qual foi a causa do sinistro?”
- “Onde ocorreu geograficamente, no ecossistema digital e na população segurada?”
- “Quando é que o evento começou e quanto tempo durou?”
- “Como é que o evento cibernético se propagou – foi manual ou automático?”
- “Por que ocorreu o evento, o motivo foi um ganho financeiro ou político?”
- “Impacto quantificado em perdas monetárias”
A definição de cada produtor pode variar em função das suas abordagens comerciais. No entanto, “o quadro ajuda a simplificar este processo, agrupando, categorizando e analisando sistematicamente os incidentes cibernéticos para vários fins, como a avaliação e a agregação de riscos”, refere o comunicado.
O diretor das políticas de seguros gerais da ABI considera que ainda que os riscos sejam emergentes e complexos e ainda não hajam dados para construir uma “definição única de um grande evento cibernético”, o setor segurador “distingue-se por se antecipar a estas ameaças e compreender o risco que elas representam”. “Ao colaborar com o Lloyd’s, conseguimos desenvolver um quadro e um conjunto coerente de componentes que as empresas devem ter em conta quando tentam criar as suas próprias definições”, disse Mervyn Skeet.
Quadro que “acabará por aumentar a resiliência do setor dos seguros face às crescentes ameaças cibernéticas”, assinalou Rachel Turk, Chief Underwriting Officer do Lloyd’s.
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