Juros do crédito da casa registam maior queda em 12 anos

Juros dos empréstimos à habitação estão a cair há nove meses, tendo registado em outubro o valor mais baixo em mais de um ano.

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação caiu para 4,277% em outubro, refletindo uma descida de 8,5 pontos base em comparação com o mês anterior. Foi a maior queda em 12 anos, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

É preciso recuar a novembro de 2022 para se observar uma queda mais acentuada — naquele mês a taxa de juro dos empréstimos da casa caiu 13 pontos base, numa altura em que Portugal acabara de iniciar um duro programa de ajustamento da troika.

Desta vez, a descida deve-se ao comportamento das taxas Euribor, que estão a aliviar em função das perspetivas para a política monetária do Banco Central Europeu (BCE), depois de um forte aperto por causa da elevada inflação. Os três principais indexantes já estão abaixo dos 3% e é expectável que continuem a cair ainda mais no próximo ano.

A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação está em queda há nove meses. Segundo o INE, desde que atingiu o pico em janeiro, já se reduziu em 38 pontos base.

Para os contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro para os financiamentos da casa baixou 3,6 pontos base para 3,533% em outubro, acumulando uma descida de 84,7 pontos base desde que atingiu o máximo em outubro do ano passado (nos 4,38%).

Em outubro, a prestação média da casa fixou-se em 404 euros, o mesmo valor dos dois meses anteriores e 12 euros acima do registado em outubro de 2023. Destes 404 euros, 59% corresponderam à parcela de juros e os restantes 39% à amortização de capital.

Ainda de acordo com o INE, o capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 406 euros para 67.692 euros.

(Notícia atualizada às 11h28)

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