Portuguesa Tekever levanta 70 milhões de euros e atrai fundo da NATO a investir
Empresa liderada por Ricardo Mendes fornece drones às tropas da Ucrânia para apoiar operações terrestres e marítimas, através de um fundo liderado pelo Reino Unido.
A Tekever, empresa portuguesa que desenvolve e opera drones (sistemas aéreos não tripulados), levantou 70 milhões de euros numa nova ronda de financiamento liderada pela Baillie Gifford e em que entrou também o NATO Innovation Fund (NIF), fundo de capital de risco participado pelos 24 aliados da NATO.
“Para a nossa Série B, mais do que investimento, queríamos encontrar parceiros (…) que nos pudessem ajudar a concretizar a nossa visão. Estamos entusiasmados por ter a Baillie Gifford como investidora líder — uma organização com uma visão de longo prazo e um histórico impressionante de apoio a empresas que transformaram profundamente a nossa sociedade”, diz Ricardo Mendes, CEO da Tekever, citado em comunicado.
À Baillie Gifford juntou-se o fundo da NATO, bem como o National Security Strategic Investment Fund (NSSIF), fundo do governo do Reino Unido que apoia tecnologias na área da segurança nacional, a Crescent Cove Advisors LP, empresa norte-americana de investimento sediada em Silicon Valley com experiência no setor da defesa, e os investidores mais antigos Iberis Capital e Cedrus Capital.
A NIF, NSSIF e Crescent Cove “trazem conhecimentos profundos e experiência no mercado global de segurança e defesa, tanto de uma perspetiva europeia como americana, o que será crucial para nos ajudar, e aos nossos clientes, a enfrentar os desafios futuros”, diz ainda o CEO. “Por fim, alegra-nos o reforço feito por parceiros de primeira hora, como a Iberis Capital, um fundo com sede em Portugal que soube fazer uma leitura muito correta da nossa trajetória de crescimento”, destaca ainda.
A empresa portuguesa, como foi noticiado em junho do ano passado, fornece drones às tropas da Ucrânia para apoiar operações terrestres e marítimas, através de um fundo liderado pelo Reino Unido.
Com esta nova injeção de capital e com a entrada de “investidores estratégicos”, o objetivo é “apoiar o plano de crescimento sustentável” e “facilitar a expansão geográfica para mercados prioritários”.
“Vamos apostar em crescer noutras geografias, como os EUA”, refere fonte oficial da empresa ao ECO.
“Prevemos crescer sustentadamente a nossa produção, para responder à crescente procura do mercado e vamos recrutar em todas as áreas, desde a produção, desenvolvimento, operação“, diz a mesma fonte sem adiantar números concretos.
Hoje a empresa, que em Portugal tem uma fábrica em Ponte de Sor (e o centro de engenharia em Caldas da Rainha), tem 800 colaboradores.
(notícia atualizada às 17h37)
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