Israel anuncia acordo de cessar-fogo no Líbano

  • ECO
  • 26 Novembro 2024

O acordo de cessar-fogo tem início esta quarta-feira e, segundo Netanyahu, vai permitir a Israel concentrar-se na “ameaça iraniana”.

O Governo de Israel aprovou um acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, a partir das duas da manhã (hora de Lisboa) desta quarta-feira e para os próximos 60 dias. O anúncio foi feito pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, horas depois de as forças israelitas terem voltado a bombardear território libanês num ataque que vitimou mais de três dezenas de pessoas.

O acordo de cessar-fogo permitirá a Israel, segundo Netanyahu, concentrar-se na “ameaça iraniana”. Horas depois foi a vez do presidente dos EUA confirmar o acordo. “A paz é possível”, disse Joe Biden, que acrescentou que este acordo foi desenhado “para cessar as hostilidades permanentemente”.

Nos próximos 60 dias, as forças israelitas vão retirar gradualmente e o exército do Líbano rumará a sul para controlar o seu território, segundo o líder norte-americano. Já ao Hezbollah não será permitido reconstruir qualquer infraestrutura ou ameaçar a segurança de Israel.

O “anúncio cria as condições para recuperar a calma e permitir aos residentes de ambos os países regressar em segurança às suas casas em ambos os lados da Linha Azul”, indica um comunicado conjunto de Biden e Emmanuel Macron. Os presidentes comprometem-se ainda a “liderar e a apoiar os esforços internacionais para o reforço da capacidade das Forças Armadas Libanesas, bem como o desenvolvimento económico em todo o Líbano”.

Netanyahu prometeu por seu turno que Israel irá retaliar se o Hezbollah violar o acordo de cessar-fogo. Referindo que a duração do acordo vai depender do que acontecer no Líbano, o líder de Israel disse que vai manter toda a liberdade militar e que atacará caso seja dado algum sinal de agressão.

O líder do Governo do Estado hebraico defendeu que o Hezbollah já não é o mesmo grupo que “lançou uma guerra” contra Israel, uma vez que as forças armadas do país mataram a maior parte dos líderes do grupo e destruíram as suas infraestruturas. “Conseguimos atingir muitos dos nossos objetivos durante esta guerra”, afirmou.

Ao longo do último ano foram mortas 3.750 pessoas no Líbano e mais de um milhão viram-se obrigadas a deixar as suas casas, de acordo com o Ministério da Saúde libanês. Por outro lado, os ataques do Hezbollah vitimaram 45 civis no norte de Israel e foram mortos 73 soldados israelitas, de acordo com as autoridades de Israel.

(Notícia atualizada às 22h21 com mais informação)

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