Só 14% dos gestores acredita que Orçamento do Estado terá impacto positivo nas empresas

  • Joana Abrantes Gomes
  • 29 Novembro 2024

Três em cada quatro empresários descartam o private equity como opção relevante para os planos de crescimento dos negócios. Conheça as principais conclusões da edição de novembro do barómetro Kaizen.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), que acaba de ser aprovada em votação final global esta sexta-feira, não é do agrado da larga maioria dos empresários. Na edição de novembro do barómetro Kaizen, 83% dos gestores inquiridos considera que o documento não tem medidas com impacto relevante em relação às necessidades das suas empresas. Só 14% acredita que o OE2025 vai contribuir de forma positiva para o crescimento dos seus negócios.

Os desafios para a competitividade das empresas sobem de tom diante de um crescente protecionismo, caso se confirme o aumento das taxas alfandegárias entre os EUA, a Zona Euro e a China. Neste cenário, os líderes empresariais destacam a importância de investir em inovação e aumentar a eficiência operacional (59%), bem como de diversificar os mercados (40%) para garantir resiliência e crescimento.

Além disso, sublinham também a necessidade de medidas domésticas para enfrentar os desafios internacionais, sendo que 77% dos empresários veem a redução da carga fiscal como estratégia chave e 61% apontam o investimento em inovação e tecnologia como essencial.

No que toca à forma de investimento, 73% dos empresários descartam o private equity como uma opção relevante para os seus planos de crescimento, privilegiando antes estratégias mais tradicionais: 61% preferem o financiamento bancário como a sua principal via de suporte, enquanto 31% afirma não recorrer a financiamento externo para expandir.

Este panorama de incerteza não é apenas um desafio; é uma oportunidade para as organizações se reinventarem e converterem a adaptação em vantagem competitiva.

António Costa

CEO do Kaizen Institute

Entre os mais de 220 gestores de médias e grandes empresas que foram inquiridos — em conjunto, representam mais de 35% do PIB nacional –, metade (50%) antecipa que a descida das taxas de juro, pelo Banco Central Europeu (BCE) e a Reserva Federal dos EUA (Fed), terá um impacto positivo nos seus custos de endividamento.

Face à última edição deste estudo, realizada em abril, a confiança dos gestores na economia nacional subiu de 12,19 para 12,61. Além disso, 61% afirmam que esperam cumprir ou até ultrapassar os objetivos definidos para o corrente ano nas suas empresas.

Para 2025, 59% dos inquiridos afirmam que as suas maiores apostas serão no aumento de produtividade, 45% na entrada em novos mercados/geografias e 40% na melhoria da força de vendas e da customer journey.

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