OCDE defende política orçamental prudente na Zona Euro e vê PIB a crescer 1,3% em 2025
Instituição prevê crescimento da economia do euro de 0,8% este ano e de 1,3% em 2025 e recomenda que países reconstruam almofadas orçamentais para enfrentar eventuais choques futuros.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) recomendou esta quarta-feira que os países da Zona Euro adotem políticas orçamentais prudentes e reconstruam almofadas orçamentais. A instituição melhorou ligeiramente a previsão de crescimento do bloco da moeda única este ano para 0,8% e manteve a de 2025 em 1,3%.
No “OCDE Economic Outlook”, a instituição melhora em uma décima a projeção do bloco para 2024 face a setembro e prevê que o crescimento acelere para 1,3% em 2025 e 1,5% em 2026, apoiado por uma recuperação da procura interna.
Na ótica da instituição, o consumo privado será apoiado por aumentos salariais e pelo crescimento sustentado do rendimento disponível real, enquanto o investimento privado deverá beneficiar de condições de crédito mais favoráveis. Ainda assim, espera que o crescimento salarial diminua gradualmente, à medida que as pressões sobre os custos do trabalho diminuam, ajudando a inflação subjacente a aproximar-se de 2% no segundo semestre de 2025.
A OCDE defende ainda que “é necessária uma política orçamental prudente para reconstruir os almofadas orçamentais e apoiar a menor restritividade da orientação da política monetária em curso à medida que a inflação regressa à meta”. Neste sentido, advogam que as medidas de apoio à crise energética e à inflação sejam gradualmente retiradas até 2026.
“As novas regras orçamentais europeias proporcionam um quadro político centrado na sustentabilidade da dívida e planos de despesas plurianuais“, considera. Alerta ainda que a política monetária restritiva não deve ser retirada prematuramente, de modo a garantir que a inflação seja reduzida de forma duradoura.
Adverte ainda que para garantir condições de concorrência equitativas e uma utilização eficaz dos fundos públicos, as regras em matéria de auxílios estatais “não devem ser ainda mais flexibilizadas” e considera que a escassez de mão-de-obra poderia ser atenuada atraindo trabalhadores altamente qualificados de países terceiros e reduzindo os encargos regulamentares e administrativos sobre a mobilidade laboral dentro da União Europeia.
Destaca também que as necessidades de investimento associadas à segurança energética e à descarbonização na Zona Euro são consideráveis.
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