Rui Paredes ganha eleições para a direção da Casa do Douro por 71 votos
A lista (B) de Rui Paredes obteve 1.508 votos contra 1.437 conseguidos pela lista (A) de Manuela Alves, num ato eleitoral marcado pela abstenção.
A lista encabeçada por Rui Paredes ganhou as eleições para a direção da Casa do Douro com 1.508 votos, mais 71 do que a lista liderada por Manuela Alves, segundo os resultados oficiais divulgados esta segunda-feira.
De acordo com os resultados finais, publicados na página da Internet eleiçõescasadodouro.pt, a lista (B) de Rui Paredes obteve 1.508 votos contra 1.437 conseguidos pela lista (A) de Manuela Alves, num ato eleitoral marcado pela abstenção.
No sábado realizaram-se as eleições para a direção e conselho regional da Casa do Douro, as primeiras depois da restauração, pelo Parlamento, como associação pública de inscrição obrigatória. A instituição tem como missão a defesa dos viticultores e da viticultura duriense.
Rui Paredes tem 57 anos, é gestor, pequeno viticultor, diretor da Adega Cooperativa de Favaios, presidente da Federação Renovação do Douro e é vice-presidente do conselho interprofissional do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP). Manuela Alves, de 66 anos, é natural de Carlão (Alijó), viticultora e inspetora da Inspeção-Geral de Educação.
O número de viticultores/eleitores inscritos neste ato eleitoral era de 18.655 e o número de votos contabilizados para as duas listas cifrou-se em 2.945 votos, havendo ainda 93 votos em branco e 97 nulos. O mandato é de três anos e a direção eleita tomará posse, em princípio, em janeiro, perante o conselho regional de viticultores.
O mandato da direção só pode ser renovado duas vezes. O conselho é composto por 51 membros eleitos por sufrágio direto dos associados singulares, sendo depois designados representantes das adegas cooperativas, cooperativas agrícolas e associações de viticultores.
Criada em 1932 para defender os viticultores, a organização viu alterados os estatutos para associação privada de inscrição voluntária em 2014 e, dez anos depois, volta a ter uma dimensão pública.
A nova lei foi aprovada em janeiro deste ano, com os votos a favor do PS, PCP, BE, PAN, Livre e do então deputado social-democrata Artur Soveral de Andrade, a abstenção do PSD e os votos contra do Chega, Iniciativa Liberal (IL) e do deputado socialista Capoulas Santos.
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