MásOrange e Vodafone Espanha criam empresa de fibra ótica

O acordo entre as operadoras de telecomunicações abre portas a um terceiro investidor financeiro e prevê a utilização exclusiva da rede e o serviço a 4,5 milhões de clientes.

A operadora de telecomunicações espanhola MásOrange e a Vodafone Espanha – detida pela Zegona – vão criar uma sociedade conjunta para prestação de serviços de fibra ao domicílio a mais de 4,5 milhões de clientes.

As duas empresas assinaram o acordo vinculativo para lançar a ‘FibreCo’, mas é expectável que a operação só esteja concluída no final do primeiro semestre. Uma das cláusulas desta parceria define que ambas têm de contribuir com mais de 12 milhões de estruturas de rede. Rede essa que não será partilhada e terá, portanto, uso exclusivo por parte da MásOrange e Vodafone.

O objetivo é tornar esta empresa de fibra na “maior e mais desenvolvida” da Europa e com maior bagagem financeira para investir nas tecnologias mais modernas disponíveis no mercado da fibra, como por exemplo a XGS-PON. Por enquanto, a empresa está avaliada entre os 9 mil e os 10 mil milhões de euros, de acordo com o jornal espanhol El Economista.

A nível financeiro, prevê-se que a FibreCo tenha um lucro operacional bruto (EBITDA) anual de aproximadamente 480 milhões de euros daqui a três anos. “Esta infraestrutura ajudará a desenvolver ainda mais a conectividade e a digitalização do país, proporcionando aos operadores uma rede FTTH [Fiber To The Home] líder, permitindo eficiências operacionais e criando a base para melhorias contínuas na rede e nos serviços”, alegaram as partes, em comunicado publicado online.

À semelhança do que tem estado a acontecer com outras empresas do setor, como com a Telefónica, existem planos para a entrada de um outro investidor financeiro (externo ao capital) para que a MásOrange fique com 50%, a Zegona tenha 10% e o próximo sócio – a escolher – acolha os restantes 40%.

A Vodafone vendeu a totalidade do negócio que tinha em Espanha, então liderada pelo gestor português Mário Vaz, ao fundo britânico Zegona por 5 mil milhões de euros, em outubro de 2023.

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