Campanha de sensibilização ambiental de 20 milhões deve estar no terreno até ao final do ano
A Agência Portuguesa do Ambiente já lançou, como avançou o +M, um concurso público de 6,8 milhões de euros para a criatividade, meios e comunicação de uma campanha.
O secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, afirmou esta sexta-feira esperar que até ao final do ano esteja no terreno a campanha de sensibilização dos cidadãos na área da educação ambiental, orçada em 20 milhões de euros.
A campanha deve incidir, objetivamente, sobre a separação seletiva dos biorresíduos, com foco, também, na separação seletiva do multimaterial, pretendendo também que se dê destaque à promoção das compras conscientes e consumo sustentável, à promoção de uma cultura de reparação e reutilização de bens, ao combate à iliteracia no domínio do ambiente e divulgação e consciencialização sobre os direitos e obrigações dos consumidores.
Conforme o +M noticiou, a Agência Portuguesa do Ambiente abriu recentemente um concurso público de 6,8 milhões de euros para o planeamento estratégico, criatividade, produção e definição de meios, plano de meios, divulgação e publicidade e aquisição de espaço, produção fotográfica, audiovisual e gráfica de todas as peças propostas, assessoria de imprensa, monitorização, avaliação e análise de desempenho e realização de relatório final. Ou seja, criatividade, meios e comunicação.
Com o concurso a decorrer até ao final de fevereiro, as propostas podem ser apresentadas por agências em conjunto.
“Espero que até ao final do ano esta campanha esteja no terreno. No fundo é uma campanha de sensibilização dos cidadãos [para as questões do ambiente]. Hoje já temos uma estratégia de educação ambiental muito forte nas escolas, mas não chega“, disse agora o secretário de Estado, numa visita ao aterro de Sermonde, concelho de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto.
Questionado pela Lusa, Emídio Sousa referiu que se pretende que os municípios se envolvam nesta campanha, que terá duas fases: uma orçada em nove milhões de euros e outra em 11 milhões.
“No fundo, há um concurso público neste momento para selecionar a entidade que vai desenhar todo o plano de comunicação para chegar aos nossos cidadãos. Depois, quem vencer o concurso público é que a vai desenhar na televisão, nas redes sociais, ‘outdoors”, disse.
Mas “o objetivo é que ao final deste ano ela esteja no terreno. Eu até diria que é uma boa altura, já que coincide com a época de Natal, quando fazemos muitas compras”, acrescentou.
Em 29 de maio, a ministra do Ambiente e da Energia, Maria da Graça Carvalho, anunciou que o Governo lançaria uma campanha nacional de sensibilização para a redução de resíduos, no valor de 20 milhões de euros.
“Devíamos produzir muito menos resíduos. Estamos muito atrasados nos resíduos, na taxa de reciclagem dos resíduos”, disse a governante, que falava à agência Lusa, no Porto, à margem da Cimeira Europeia Concordia.
Maria da Graça Carvalho disse que então que já estava desenhada uma campanha nacional “com frases fortes e atrativas” que visa “sensibilizar os portugueses a reduzir a produção de resíduos”, uma questão “cultural”, que a “preocupa muito”.
“Temos andado muito bem na parte das energias renováveis, mas há tudo o resto. Não podemos só avançar na produção de energia e deixar para trás os outros setores. Os resíduos são algo que me preocupa muito. É investimento, mas também é uma questão cultural. Continuamos a produzir cada vez mais resíduos e devíamos estar a diminuir. Vamos fazer uma campanha nacional para que cada um de nós, as famílias e as empresas produzam menos resíduos”, disse.
Para a campanha nacional, que vai estar presente, também, na televisão, nos jornais e nas rádios, o montante global, dividido em duas fases, é de 20 milhões de euros e conta com financiamento do Fundo Ambiental.
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