ASF autoriza incorporação da ex-Liberty na Generali Tranquilidade
Os trabalhadores serão integrados e 1.300 dos contratos da Liberty com mediadores já passaram para a Generali. Marca vai continuar a incluir Tranquilidade.
A ASF, entidade supervisora dos seguros, acaba de autorizar a “fusão transfronteiriça por incorporação da Generali Seguros y Reaseguros, S.A. – Sucursal em Portugal, no seguimento da sua cisão da Generali Seguros y Reaseguros, S.A.U., na Generali Seguros, S.A.”. Isto significa o princípio do fim dos passos legais após a aquisição pela Generali dos negócios da Liberty em toda Europa.
Em relação aos colaboradores da ex-Liberty, atual Generali Seguros y Reaseguros, S.A. – Sucursal em Portugal fonte oficial da Generali adiantou que serão integrados após o ato legal de fusão na Generali Seguros.
O STAS – Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora espera a reunião que se realiza esta quinta-feira com a Generali para iniciar a a discussão de cláusulas pecuniárias. Informou: “Neste momento ainda estamos a finalizar a discussão do clausulado uniformizado para os trabalhadores da Generali e os da Ex-Liberty. Faltando apenas as cláusulas transitórias para salvaguardar as situações anteriores e a sua transição para o novo modelo, como seguro de saúde, PIR (Período de Integração e Recuperação), prémios e abonos”.
Em relação aos contratos de mediação com os agentes e corretores de seguros, a mesma fonte explicou que até este momento continuam a existir duas empresas e por isso o contrato com a Liberty mantém-se em vigor até à fusão.
“Tínhamos apenas 700 mediadores Liberty sem contrato na Generali – todos os restantes 1.000 já tinham contrato connosco”, afirmou, acrescentando que “destes novos, já estão nomeados mais de 300”. No entanto, aqueles que, até à fusão, não assinarem, manterão as condições do contrato Liberty “é obrigatório por lei”, concluiu.
Em 15 de junho de 2023, o Grupo Generali assinou um acordo para adquirir a Liberty Seguros, seguradora com sede em Madrid e que operava em Espanha, Portugal, Irlanda e Irlanda do Norte, representando os negócios da norte-americana Liberty Mutual na Europa. Esta transação, no valor de 2,3 mil milhões de euros, foi concluída em 31 de janeiro de 2024, representando o maior negócio da Generali em uma década.
A integração tem decorrido de forma autónoma em cada país. Em Portugal a marca Liberty já não é utilizada e, segundo ECOseguros apurou junto de outra fonte, esta não oficial, a marca Generali Tranquilidade vai manter-se no mercado “no futuro previsível”.
Em 2024, o conjunto das duas empresas emitiu prémios no valor superior a 1,8 mil milhões de euros, sendo o 3º maior grupo a atuar em Portugal depois da Fidelidade e Ageas. Já nos ramos Não Vida, em que a Generali Tranquilidade e a Liberty tinham maior presença, o grupo tem 21,7% de quota de mercado por 1.628 milhões de euros de prémios emitidos no ano passado, sendo a Generali Seguros (marcas Generali Tranquilidade, LOGO e a Açoreana) a 2ª maior companhia no mercado.
Atualizado às 19.30 com declarações do STAS.
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