Sete em cada dez empresas usam IA nas operações financeiras, conclui KPMG
Consultora analisou uso da tecnologia na contabilidade, planeamento financeiro e gestão de tesouraria, risco e fiscal em 2.900 empresas. Mais de 50% dos executivos confirma retorno do investimento.
Cerca de sete em cada dez empresas (71%) empresas estão a utilizar Inteligência Artificial (IA) nas suas operações financeiras, concluiu um inquérito realizado pela KPMG e divulgado esta quarta-feira.
Apesar dos desenvolvimentos tecnológicos na área financeira das organizações (contabilidade, planeamento financeiro, gestão de tesouraria, de riscos e fiscal), a consultora revela que menos de metade (41%) implementou IA de forma moderada ou significativa. A percentagem deverá mais que duplicar para 83% nos próximos três anos.
Incluir esta tecnologia na gestão financeira das empresas já está a trazer níveis de retorno de investimento (ROI – Return Over Investment), segundo a análise dos consultores da Big Four. Aliás, 57% dos executivos inquiridos disseram que o ROI superou as expectativas, além de dar mais “qualidade” aos dados e decisões, rapidez na obtenção de comentários/documentos (insights”) e na produção de relatórios, o que resulta na maior eficiência operacional e redução de custos.
O responsável de consultoria tecnológica na KPMG Portugal considera que este estudo confirma que a IA é um “fenómeno global” e está a ser aproveitado pelas equipas financeiras em várias geografias e indústrias. “Os benefícios que a IA permite e o ROI que gera tornam-na numa prioridade estratégica e uma ferramenta muito poderosa e, à medida que surgem novas capacidades, o ritmo de adoção só irá acelerar”, diz o partner Rui Gonçalves.
Mesmo os mais céticos estão a virar o jogo. Em 2024, 6% dos participantes neste estudo afirmaram que não tinham intenção de implementar IA generativa, mas este ano a percentagem desceu para 1%. Certo é que residem obstáculos: segurança de dados (57%), falta de competências em IA (53%), dificuldades na recolha de dados (48%) e preços (45%).
O ‘KPMG Global AI in Finance Report’ analisou 2.900 empresas de 23 países, através de um modelo de maturidade com três classificações sobre a a adoção da IA: “Líderes” (24%), “Implementadores” (58%) e “Iniciantes” (18%).
“As empresas precisam de agir para se manterem competitivas e sustentáveis, sendo que é difícil encontrar outra tecnologia com níveis tão elevados de retorno”, reforça o sócio Rui Gonçalves.
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