Trabalhadores dos Transportes Urbanos de Coimbra confirmam greve de três dias

  • Lusa
  • 5 Março 2025

Os trabalhadores dos SMTUC decidiram manter a greve já previamente marcada por não terem tido qualquer resposta sobre uma possível reunião com o Governo.

Os trabalhadores dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) decidiram esta quarta-feira em plenário avançar com greve de segunda-feira a quarta-feira, sendo o segundo momento de paragem no espaço de dois meses.

Os trabalhadores dos SMTUC, reunidos em plenário, decidiram manter a greve, já previamente marcada, de três dias, entre segunda-feira e quarta-feira, afirmou à agência Lusa a dirigente regional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), Luísa Silva, referindo que a decisão foi unânime.

Depois de uma greve de dois dias em fevereiro, segue-se agora uma greve de três dias em março, num calendário de luta que aumenta um dia todos os meses até setembro, mês em que deverão realizar-se as autárquicas, totalizando 44 dias de paragem, acordados há um mês pelos trabalhadores.

Segundo Luísa Silva, os trabalhadores dos SMTUC decidiram manter a greve já previamente marcada por não terem tido qualquer resposta sobre uma possível reunião com o Governo para uma melhoria das condições salariais dos motoristas e mecânicos, que recebem como assistentes operacionais.

Além dos três dias de greve, ficou também decidido um novo desfile na segunda-feira, da Guarda Inglesa, onde estão os SMTUC, até à Câmara Municipal de Coimbra, onde tentarão intervir na reunião do executivo, que começa às 15:00 daquele dia. “Vamos pedir a palavra e, se nos for dada, falaremos lá dentro. Se não, falaremos cá fora”, afirmou Luísa Silva.

Além da ausência de qualquer resposta sobre uma possível reunião com o Governo, a dirigente sindical reiterou que seria possível à Câmara de Coimbra o pagamento do suplemento de penosidade e insalubridade, referindo que há vários exemplos de municípios que o pagam a outros profissionais que não aqueles previstos pela lei.

“A Câmara alega que só paga aos que estão na lei, mas há outros trabalhadores não abrangidos pela lei que recebem esse suplemento”, disse. Segundo a dirigente, os trabalhadores “estão mobilizados para continuar a luta, porque ainda não tiveram resposta ao que pediram”.

Luísa Silva afirmou ainda que desde a última greve, em fevereiro, o sindicato não teve novo contacto do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Aliança, RiR e Volt). Questionada pela agência Lusa, fonte oficial da Câmara de Coimbra afirmou que continua a aguardar uma resposta do Governo para o pedido de reunião.

A 10 de fevereiro, a Lusa questionou o Governo sobre a situação dos motoristas dos SMTUC e sobre a possibilidade de uma reunião, mas ainda não obteve qualquer resposta até ao momento. Sindicatos e trabalhadores há muito reivindicam uma reposição da carreira de motoristas e aumentos salariais.

A pouca atratividade da carreira tem levado a uma falta de motoristas nos SMTUC, com o mapa de pessoal para 2025 a contabilizar um total de 44 vagas por preencher, apesar de terem concursos abertos em permanência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Trabalhadores dos Transportes Urbanos de Coimbra confirmam greve de três dias

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião