Lucros da Ramada mais do que duplicam em 2024

  • Lusa
  • 20 Março 2025

A empresa teve um encaixe de 70,5 milhões de euros, depois de em junho ter vendido a Ramada Aços. Receitas totais em 2024 subiram 3,3% para 10,2 milhões de euros.

O grupo Ramada registou lucros consolidados atribuíveis a acionistas de 28,9 milhões de euros, no ano passado, mais do dobro do obtido em 2023, num ano em que vendeu a Ramada Aços e subsidiárias, segundo um comunicado ao mercado.

Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Ramada adiantou que as receitas totais em 2024 ascenderam a 10,2 milhões de euros, apresentando um crescimento de 3,3% face às receitas totais registadas em 2023.

Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) atingiu o montante de 7,8 milhões de euros no ano passado, superior em 15,6% ao período homólogo. De acordo com a Ramada, o resultado líquido consolidado das operações continuadas de 2024, no valor de 5,2 milhões de euros, representou um crescimento de 30,2%.

A empresa lembrou que, em junho do ano passado, comunicou ao mercado “a concretização da transação de venda à 1 Thing Investments, S.A. da totalidade das ações representativas do capital social e dos direitos de voto da Ramada Aços, S.A. e respetivas subsidiárias, a saber, Universal – Afir, S.A., Planfuro Global, S.A., Ramada Solar, Unipessoal, Lda., sociedades detidas diretamente pela Ramada Aços, assim como a Blau Stahl, Unipessoal Lda., detida pela Planfuro Global, S.A.”.

Esta transação, lembrou, “representou um encaixe de 70,5 milhões de euros, sendo 59,6 milhões de euros a título de preço fixado e ticking fee, montante pago pela 1 Thing e 10,9 milhões de euros a título de distribuição de dividendos, realizada pela Ramada Aços à Ramada Investimentos”.

Com a concretização da venda, “foi apurada uma mais-valia ao nível das demonstrações financeiras consolidadas da Ramada, atendendo ao preço, aos custos associados à transação, e aos ativos líquidos das referidas subsidiárias, no montante de 21,1 milhões de euros”.

Segundo o grupo, com a concretização da transação de venda da Ramada Aços e suas subsidiárias encontram-se “cumpridos os critérios para a apresentação da atividade Trefilaria, que se dedica ao fabrico e comercialização de arames de aço para aplicação nas mais diversas áreas, designadamente indústria, agricultura e construção civil, desenvolvida pela Socitrel, como operação descontinuada”.

Por isso, destacou, “em resultado da concretização da transação de venda da Ramada Aços e suas subsidiárias, da apresentação da Socitrel e suas subsidiárias, na presente informação financeira consolidada como operação descontinuada, e da apresentação em 31 de dezembro de 2024, das participações minoritárias na CEV, S.A. e na Fisio Share – Gestão de Clínicas, S.A., como ativos não correntes detidos para venda, entende o Conselho de Administração” que existe “um único segmento de negócio relatável que incorpora, essencialmente” a “atividade de gestão de ativos imobiliários (composto, essencialmente, por ativos florestais e outros imóveis)”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Lucros da Ramada mais do que duplicam em 2024

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião