EUA diz a empresas europeias que têm de seguir normas antidiversidade
Trump leva combate às políticas de diversidade para a Europa. Empresas que forneçam o Estado americano não podem ter programas deste género, diz carta enviada por embaixadas.
Várias dezenas de empresas francesas receberam uma carta da embaixada dos Estados Unidos em que são compelidas a abandonarem práticas de diversidade, igualdade e inclusão se quiserem continuar a trabalhar com entidades oficiais americanas.
A notícia foi avançada este sábado pelo jornal francês Les Echos. Segundo o Finantial Times, as cartas seguiram também para grandes empresas de países no leste da União Europeia e Bélgica.
A 21 de janeiro, no primeiro dia em que voltou a assumir o cargo de Presidente dos EUA, Donald Trump assinou uma ordem executiva que terminou com todas as iniciativas de diversidade, igualdade e inclusão (DEI, na sigla em inglês) no Estado federal, abrangendo também fornecedores.
A carta da embaixada dos EUA, informa que esta obrigação também se aplica às empresas na União Europeia que prestem serviços ou vendam bens à Administração americana.
De acordo com o jornal britânico, as empresas também receberam da embaixada um questionário para atestarem se cumprem esta determinação. “Os fornecedores do Departamento de Estado devem certificar-se que não operam quaisquer programas que promovam a DEI que violem as leis contra a discriminação aplicáveis e concordam que tal certificação é essencial para a decisão de pagamento do governo, estando, portanto, sujeita à Lei de Declarações Falsas”, diz o documento.
A legislação francesa impede a recolha de dados sobre a raça ou origem étnica, pelo que as empresas do país não têm habitualmente este tipo de programas de diversidade, sendo mais focados no género e situação socioeconómica, explica a Reuters.
A rejeição das políticas DEI levou o regulador de telecomunicações norte-americano (FCC) a anunciar, na sexta-feira, uma investigação aos esforços da Disney e da sua filial ABC para promover a diversidade.
As duas empresas juntam-se às visadas no âmbito dos esforços da administração do Presidente norte-americano para eliminar programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) em locais como universidades, agências governamentais ou grandes empresas.
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