Miguel Farinha: “Eu tenho de estar permanentemente a criar líderes que vão ser líderes do futuro”

  • ECO
  • 14 Abril 2025

O Country Managing Partner da EY Portugal, é o 25.º convidado do podcast E Se Corre Bem?. Liderança e a forma como construiu uma carreira de 26 anos na mesma empresa foram alguns dos assuntos falados.

Miguel Farinha, Country Managing Partner da EY, partilhou neste episódio o seu percurso profissional marcado por mais de duas décadas na mesma empresa — uma decisão que não foi fruto de inércia, mas de desafios constantes. “Tenho muito orgulho do que consegui fazer neste percurso. Eu gosto permanentemente de andar a mudar o que ando a fazer e de ter desafios novos. E a EY proporcionou-me isso durante todo este tempo”, explica. Com 26 anos de casa, confessa: “Senti que fui sempre desafiado de forma diferente, na mesma casa durante 26 anos.”

Apaixonado por biologia marinha, Miguel Farinha acredita que um líder deve ter como missão criar outros líderes: “Eu tenho de estar permanentemente a criar líderes que vão ser líderes do futuro”. Sobre o futuro da própria liderança, não hesita: “Tenho claramente na minha cabeça quem poderá ser o meu sucessor. Eu gostaria de, até aos 60, fazer esta função, assumindo que tudo corre bem.”

"Ainda hoje em dia às vezes penso: Será que fui mesmo feito para estar aqui nesta profissão? Será que não estou a enganar alguém e vão perceber um dia destes?”

Miguel Farinha, Country Manager da EY

Mas nem tudo no percurso é linear. O síndrome do impostor, por exemplo, ainda o acompanha: “Ainda hoje em dia às vezes penso: Será que fui mesmo feito para estar aqui nesta profissão? Será que não estou a enganar alguém e vão perceber um dia destes?”

A cultura da EY é, para si, parte essencial do sucesso da empresa — e esse sucesso não se constrói sozinho. “Eu olho muito para o negócio da EY como o legado que estou a construir. Nenhum de nós está a criar um legacy para os seus filhos. Estamos a criar um legacy para outros.” E a forma de reter talento? “Dando-lhes as melhores condições para quererem estar aqui”, diz, salientando que o salário é importante, mas que não basta: “Tem de haver sentimento de pertença, propósito.”

A propósito das novas gerações e do equilíbrio entre vida pessoal e profissional, Miguel Farinha defende que esse equilíbrio se reflete na qualidade do trabalho: “O que entregaram ao cliente vai ter muito mais qualidade se tiverem uma vida equilibrada, do que se forem workaholics que não levantam a cabeça do computador durante uma semana”, diz.

No final, reforça o espírito de equipa e o tipo de pessoas com quem gosta de trabalhar: “Têm de acreditar no que estamos a fazer e têm de ser boas pessoas. Confiáveis, com perseverança, determinadas.” E deixa clara a sua política de proximidade: “Não tenho gabinete. Trabalho em open space. Gosto que me digam tudo — de preferência, aquilo que eu não quero ouvir.”

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, que Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

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