Tarifas. Nobel da Economia diz que Portugal “está ligeiramente mais exposto” que a média dos países da UE
Paul Krugman considera que Portugal está ligeiramente mais exposto ao impacto das taxas alfandegárias norte-americanas do que a média europeia, mas afasta um impacto significativo.
Paul Krugman, prémio Nobel da Economia, considera que Portugal está ligeiramente mais exposto ao impacto das taxas alfandegárias norte-americanas do que a média europeia, mas que não há motivo para grandes preocupações. O economista mostrou-se ainda confiante na resposta da União Europeia à guerra comercial.
“Em 1976, jamais imaginaria que o epicentro do caos económico e político global seria o meu país. Mas é. E precisamos de nos perguntar: à medida que a guerra comercial se desenvolve, à medida que toda essa loucura avança, quão exposto este país está?”, questionou o economista norte-americano, em Lisboa.
Paul Krugman sublinhou que o país “não é totalmente dependente de turistas e empresas americanas”, mas considerou que ainda assim o seu peso “é significativo”.
Numa intervenção, durante uma conferência organizada pelo Banco de Portugal (BdP) sobre os 50 anos da revolução de 1974, Paul Krugman destacou que “o mundo tornou-se muito menos previsível“.
“Portugal provavelmente está ligeiramente mais exposto do que a média dos países europeus. Provavelmente não devemos preocupar-nos muito. Há toda a questão da União Europeia e como se sairá. Mas, na verdade, estou bastante confiante na Europa“, disse.
Envelhecimento em Portugal preocupa economista
Paul Krugman manifestou-se apreensivo sobre o impacto do envelhecimento em Portugal, nomeadamente para a sustentabilidade orçamental.
“Uma preocupação que ainda me preocupa um pouco, embora esteja a melhorar, é a demografia. Todos temos um problema de envelhecimento. Todos os países avançados e muitos países em desenvolvimento também têm agora um problema de envelhecimento populacional, o que é problemático”, apontou o Prémio Nobel da Economia em 2008.
O economista sublinhou que as sociedades modernas, entre as quais Portugal, “têm programas abrangentes de Segurança Social”, cuja maior fatia se destina a pensões financiadas pelo “trabalho dos jovens”.
“Se têm uma população em idade ativa em declínio, é um grande problema”, disse, apontando a deterioração da “base orçamental”. No entanto, sublinhou que “a boa notícia é que, nos últimos anos, a população em idade ativa começou a aumentar substancialmente” no país.
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