Abanca triplica crédito a empresas em Portugal no arranque do ano. Lucro sobe 39% para 220 milhões até março

Banco espanhol, que no ano passado conclui a aquisição do Eurobic, revela que as novas operações de crédito a longo prazo com empresas no país triplicaram. Crédito à habitação subiu quase 8%.

O Abanca fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro de 220 milhões de euros, um resultado que supera em 39% os 158,4 milhões de euros registados no período homólogo. Em Portugal, o banco que comprou o Eurobic no verão passado triplicou as novas operações de crédito a longo prazo com empresas, enquanto o crédito à habitação cresceu 7,9% face aos primeiros três meses de 2024.

O banco galego atingiu uma rentabilidade dos capitais próprios tangíveis (ROTE) de 15,2%, que “reflete o crescimento eficiente do negócio, que já atingiu os 130 mil milhões de euros, com um crescimento em todas as áreas de negócio e geografias”, adianta a entidade em comunicado.

No primeiro trimestre do ano, o Abanca conquistou 11 mil novos clientes em Portugal e 25 mil em Espanha, o que representa um aumento de 23% face ao mesmo período de 2024, elevando para 141 mil o número de novos clientes adicionados nos últimos 12 meses.

O negócio em Portugal contribuiu para o crescimento registado no arranque do ano, sobretudo no crédito. Segundo o comunicado, “as novas formalizações multiplicaram-se por cinco em relação ao mesmo período do ano anterior”. As novas operações de crédito a longo prazo com empresas triplicaram e o crédito habitação cresceu 7,9%, face a igual período do ano passado.

Já a quota de mercado de formalizações aumentou 105 pontos base no ano, “refletindo o dinamismo registado pelo ABANCA no país”, justifica o banco.

O crédito a clientes ascendeu a 50 mil milhões de euros, enquanto os recursos de clientes subiram 17% para 79,7 mil milhões de euros. Do total dos recursos de clientes, 78% correspondiam a depósitos à ordem e a prazo, e os restantes 22% a recursos fora do balanço.

O Abanca destaca que a “instituição enfrenta o atual contexto de incerteza geopolítica e comercial com uma posição de solidez”, apresentando um rácio de crédito malparado de 2,6%. O crédito malparado diminuiu 1% face ao período homólogo, excluindo o efeito da incorporação do EuroBic no Grupo.

Em termos de solvabilidade, o rácio de capital total fixou-se nos 17,5%, apresentando “uma almofada de capital de 502 pontos base acima dos requisitos regulamentares, mais 67 pontos de base do que há um ano, o que equivale a 1.925 milhões de euros (mais 30,2% face ao ano anterior)”.

(Notícia atualizada às 10:55)

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