Capital de risco cria cinco vezes mais emprego que a média europeia
Mais de 300 mil empregos foram criados por empresas financiadas por capital de risco em 2023. Mais de 28 mil empresas, em vários setores e regiões, foram apoiadas, aponta a Invest Europe.
Em 2023 a indústria de private equity e de venture capital criou 339.149 novos postos de trabalho, mais 5% em relação ao ano anterior e acima do 1% de crescimento registado em toda a economia europeia no mesmo ano, aponta o relatório anual “Private Equity at Work”, da Invest Europe. Energia e ambiente, seguido das tecnologias de informação e comunicação (TIC) foram os setores que mais cresceram.
“Este desempenho prova que o setor é decisivo para a reindustrialização da Europa e para garantir a sua independência e autonomia económica”, afirma Stephan de Moraes, presidente da Associação Portuguesa De Capital De Risco (APCRI), citado em comunicado.
Mais de 500 mil milhões de euros (576 mil milhões) foram investidos, entre 2019 e 2023, por private equity localizadas na Europa. Tendo 213 mil milhões sido injetados diretamente por fundos de pensões e seguradoras nas private equity no mesmo período.
Capital que foi injetado na economia europeia. Mais de 28 mil empresas (28.610), em vários setores e regiões, foram apoiadas, das quais 21.536, estima o estudo da Invest Europe, são PME que empregam 1.042.013 pessoas.
Investimento com impacto na criação de emprego. Um total de 11,2 milhões de pessoas trabalhavam em empresas financiadas por private equity, o que representa 5% da força de trabalho na Europa, aponta o relatório. “Outros três milhões de pessoas estão empregadas nos setores dos produtos e serviços às empresas e dos produtos e serviços ao consumidor. Mais de 1,6 milhões de profissionais trabalham nas TIC e quase 1,4 milhões na biotecnologia e nos cuidados de saúde, elenca.
O setor da Energia e do Ambiente foi o que cresceu mais, 9,5% (mais 21.397 trabalhadores, para um total de 402.039 trabalhadores), seguido das TIC (+5,8%). O setor da biotecnologia e dos cuidados de saúde registou um crescimento de 5,5%, o equivalente a quase 49 mil novos trabalhadores.
Desde 2017, as TIC têm sido o setor mais dinâmico em termos de emprego, crescendo a uma taxa média anual de 11,2%, aponta o relatório.

“O desempenho da indústria de capital de risco vem provar, mais uma vez, que este é um setor decisivo para promover a reindustrialização da Europa e garantir a sua independência e autonomia económica face à China e aos Estados Unidos da América”, diz Stephan de Moraes, presidente da APCRI. “As empresas investidas por fundos de private equity e de venture capital têm desempenhos muito acima dos respetivos setores e criam mais e melhor emprego, contribuindo para a competitividade europeia no mercado global”, defende.
“Tendo em conta os desafios que a economia europeia enfrenta e a necessidade imperiosa do aprofundamento do Mercado Único, é importante que as associações de capital de risco dos vários países europeus se coordenem de forma a possibilitar o crescimento da indústria na Europa”, defendeu Stephan de Moraes na abertura da conferência que a Luxembourg Private Equity & Venture Capital Association – LPEA, que se realizou esta terça-feira em Lisboa.
“Só assim o continente europeu será independente, tanto em termos financeiros e industriais, como em termos de inovação, realizando o potencial da força da economia deste continente”, argumenta o presidente da APCRI.
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