Lucros da Nos caem 13% para 59 milhões no primeiro trimestre

O grupo liderado por Miguel Almeida, que no trimestre passado concluiu a aquisição da Claranet Portugal, viu as receitas consolidadas crescerem 4,5%, após uma subida nos vários segmentos de negócio.

Os lucros da Nos caíram 13% no primeiro trimestre, para 59 milhões de euros. O resultado líquido da operadora de telecomunicações foi penalizado “por efeitos não recorrentes”, de acordo com o relatório financeiro divulgado esta terça-feira.

Apesar da queda nos lucros, as receitas consolidadas da Nos cresceram 4,5%, em termos homólogos, para 421,4 milhões de euros, sendo que as receitas de telecomunicações, o principal negócio da empresa, melhoraram 4,6%, para 406,7 milhões de euros.
Já as receitas do negócio de cinema progrediram 1,5% — para 23,1 milhões de euros — e as de audiovisuais aumentaram 15,2%. A empresa liderada por Miguel Almeida também viu o número de serviços crescer 187,8 mil, para 10,7 milhões.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) fixou-se nos 192,3 milhões de euros, o que significou uma subida de 4,3% em relação ao mesmo trimestre de 2024. A percentagem de acréscimo foi precisamente a mesma para o lucro operacional da área das telecomunicações, que aumentou para os 181,4 milhões de euros.

Quanto ao investimento, a Nos seguiu a tendência de contração que se tem verificado no último ano, em linha com a generalidade do setor, após um intensivo período de implementação da rede 5G. O capex total diminuiu 1,8%, para 90,3 milhões de euros, nos primeiros três meses de 2025, segundo o documento publicado esta terça-feira no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na mensagem publicada no relatório e contas, o CEO da Nos destacou a principal façanha do trimestre: a conclusão da compra da tecnológica Claranet Portugal por 152 milhões de euros. “Um passo decisivo no nosso objetivo de liderança nos serviços ICT [tecnologias da informação e comunicação] em Portugal, e que reforça o nosso papel enquanto parceiro de referência na transformação digital das empresas em Portugal”, referiu Miguel Almeida, enumerando ainda o lançamento de serviços 5G+ (standalone) e a realização da primeira chamada Voice over New Radio (VoNR) em Portugal, através do chamado 5G ‘puro’.

Segundo o CEO da Nos, estes são alguns dos “avanços que abrem caminho a experiências de conectividade ainda mais avançadas” – e que requerem defesa a nível jurídico. “Pelo segundo ano consecutivo, fomos reconhecidos como a entidade nacional que mais pedidos de patentes submeteu a nível europeu”, assinalou Miguel Almeida. A Nos Inovação submeteu 22 pedidos, o dobro da Altice Labs (11).

Atualmente, a rede de fibra da Nos cobre 5,8 milhões de casas, após chegar a mais 311,4 mil lares no primeiro trimestre, e o 5G da marca cobre 99,6% da população nacional.

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